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23/03/2022 às 10h00min - Atualizada em 23/03/2022 às 10h00min

Troca de hidrômetros visa instalação de sistema de telemetria em Uberlândia

Novas construções já devem contar com a tecnologia que também permite a medição individualizada do consumo de água

SÍLVIO AZEVEDO
Uberlândia possui cerca de 200 mil hidrômetros I Foto: PMU/DIVULGAÇÃO
Grandes consumidores de água, como condomínios e empresas, com exceção dos que possuem projetos aprovados antes de julho de 2021, já devem funcionar com hidrômetros de 1 polegada equipados, ou pré-equipados, para receber o sistema de telemetria. Outro ponto da mudança é a adequação do sistema de medição individualizada do consumo de água em condomínios, publicado no Diário Oficial do Município em 12 de maio de 2021, com base na lei federal 13.312/16.

Com a telemetria, a autarquia terá acesso a todas as informações do consumo das residências atrás de uma rede, sem precisar ir a campo. A segunda etapa começará em 25 de julho, com a substituição das residências e comércios, que possuem hidrômetro de ¾ de polegada. Assim como no caso das empresas, a troca é gratuita.

“A gente está engatinhando no processo. Então o primeiro passo é preparar os hidrômetros que já estão em campo para que possam receber a tecnologia. Com isso, trocamos o equipamento que não tem condições de receber os outros componentes para fazer a leitura remota por outros com essa capacidade”, explicou o coordenador do núcleo de hidrometria do Dmae, José Augusto Alves da Silva.

A diferença dos equipamentos, segundo José Augusto, é a presença de uma peça de metal, ou um imã, que será usado para comunicação com um sensor de leitura remota, que será aplicado em um outro momento. Com isso, a autarquia terá acesso a todas as informações do consumo das residências através de uma rede, sem precisar ir a campo.

“A gente divide a transmissão remota em três partes. O hidrômetro, o sensor e o transmissor. Então existe um equipamento com capacidade de receber o sensor e transmitir para a rede de transmissão de dados (IoT)”.

O sistema de telemetria já foi testado pelo Dmae. Em 2020, um projeto piloto funcionou por seis meses, com medição remota a distância de 40 grandes consumidores de Uberlândia, como fábricas localizadas no Distrito Industrial e condomínios residenciais nos bairros Copacabana e Jardim Holanda.

Entre os benefícios do modelo de telemetria está a rapidez, o monitoramento dos hidrômetros à distância e a leitura em locais de difícil acesso. Também é possível acompanhar o consumo diariamente, detectar vazamentos internos e constatar irregularidades no medidor.

Segundo o Dmae, Uberlândia possui cerca de 200 mil hidrômetros e o fim da troca de toda a rede deverá acontecer em 2028. Em 2021, foram feitas 29 mil trocas de equipamentos, enquanto neste ano, a expectativa é que chegue a 35 mil substituições.

A segunda etapa do processo começará em 25 de julho, com a substituição das residências e comércios, que possuem hidrômetro de ¾ de polegada.


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NOVAS CONSTRUÇÕES
Para aumentar a eficiência do serviço de hidrometria, o Dmae está exigindo que os novos hidrômetros de grandes consumidores estejam equipados ou pré-equipados para telemetria. A mudança afeta o setor de construção civil, já que os pedidos de ligação da rede para novos empreendimentos já devem ser feitos com os novos equipamentos.

Em janeiro deste ano, por meio de ofício, a autarquia entrou em contato com representantes do Sindicato da Construção Civil para prestar orientação sobre a nova exigência.

“Onde tínhamos um prédio, por exemplo, com 30 unidades tinha somente um hidrômetro. Agora passará a ter um para cada unidade. De uma maneira geral, terá um acréscimo de custo. Mas por outro lado, traz também a responsabilidade do uso da água. Deverá trazer uma redução do consumo geral. Esse é o modelo que devemos encarar”, disse o presidente do Sindicado da Indústria da Construção Civil do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Sinduscon-TAP), Efthymios Panayotes Emmanuel Tsatsakis.

Segundo Panayotes, a recomendação foi repassada para os associados do Sinduscon-TAP como forma de orientação. “São legislações. Os projetistas, que são o primeiro degrau do processo, têm que se adaptar para fazer o projeto com a opção individualizada e depois nós, construtores, passamos executar conforme legislação do Dmae”, explicou.

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