Doações de sangue foram impactadas pela pandemia do novo coronavírus | Foto: Ascom/Ministério da Saúde
Desde o início da pandemia, o Hemocentro de Uberlândia vem sofrendo queda no fluxo de doações de sangue. Em junho, o Diário noticiou que o comparecimento de doadores caiu em aproximadamente 30%. A situação continua se agravando e com a redução ainda maior na procura por agendamentos. Desde março, por conta das medidas de biossegurança, a unidade tem operado com o agendamento integral e um número limitado de atendimentos por dia.
De acordo com a captadora do Hemocentro, Patrícia Fernandes, a queda nos agendamentos chega a 40%, o que causa preocupação em relação à manutenção dos estoques de sangue. “O não comparecimento é recorrente, mas agora estamos com vagas ociosas na agenda e isso é muito preocupante. Nesse momento estamos operando com o estoque mínimo, que garante o fornecimento por somente três dias. O adequado é termos estoque para pelo menos nove dias e desde segunda tivemos uma queda no agendamento de 40%”, destacou.
Ainda segundo Patrícia, os estoques estão em baixa para praticamente todos os tipos sanguíneos, principalmente doadores O+ e O-. Uma das consequências, de acordo com a responsável, pode ser a diminuição das cirurgias eletivas no município, que dependem da disponibilidade no estoque de sangue. A orientação às agências dos hospitais, segundo ela, é a priorização dos procedimentos mais urgentes até que a situação volte a se normalizar.
Além dos atendimentos agendados, com o objetivo de evitar a aglomeração de pessoas, a captadora disse que a unidade reforçou todas as medidas de biossegurança, com uma higienização mais rigorosa e uso de máscaras por toda a equipe, como forma de garantir a segurança para os doadores.
Em entrevista ao Diário, a responsável destacou a importância de as pessoas se conscientizarem a respeito da importância da doação. “Fazemos um apelo para que a população se sensibilize, pois temos pacientes aguardando por cirurgias, pessoas que não podem esperar, e toda a ajuda da comunidade é bem-vinda. Assim como é importante ter uma regularidade nas doações, já que o sangue também é perecível e dura em média de 30 a 35 dias”, disse.
Também orienta que os familiares de pacientes que passaram por cirurgias eletivas ajudem na reposição dos estoques. A indicação é de pelo menos cinco doadores por paciente atendido na rede.
QUEM PODE DOAR Para fazer a doação, é necessário pesar no mínimo 50 kg, ter entre 18 e 60 anos e estar em boas condições de saúde. Pessoas com idade entre 16 e 17 também podem doar com autorização do responsável legal. Durante a pandemia, a orientação é que idosos com mais de 60 anos não participem.
O Hemocentro também orienta a pessoas que tiveram ou tem sintomas gripais ou foram diagnosticadas com Covid-19 aguardem pelo menos 30 dias para doar, desde que não haja sequelas da doença. Quem teve contato com pacientes ou suspeitos da doença, também precisa aguardar 14 dias para fazer a doação e não apresentar sintomas.
De acordo com a captadora Patrícia Fernandes, a unidade consegue atender, de segunda a sexta-feira, a 80 agendamentos pela manhã. Na parte da tarde, às segundas e quartas podem ser atendidos até 45 doadores.
Os agendamentos e escolhas de horários podem ser feitos pelo site do Hemominas ou pelo APP MGapp - Cidadão. O atendimento na unidade dura em média uma hora e uma única doação pode salvar até quatro vidas. Mais informações pelos telefones: (34) 3088-9236/3088-9237 ou 3088-9238.
Horário de funcionamento do Hemocentro:
Segunda a sexta-feira: 7h às 11h30 (*limitação de senhas/Agendamento)
Segunda e quarta-feira: 14h às 17h (*limitação de senhas/Agendamento)
Último sábado do mês: 7h às 11h30 (*limitação de senhas/Agendamento)