Na contramão do cenário nacional, em Minas Gerais o setor de seguros tem crescido durante a pandemia. Enquanto os dados apresentados pela Confederação Nacional das Seguradoras (Cnseg) mostra um retrocesso de 3,5% no primeiro semestre de 2020, o presidente da Associação dos Corretores de Seguros do Triângulo e Alto Paranaíba (Ascorseg), Divino de Paula Ferreira, diz que o número a ser analisado é o comparativo entre os primeiros semestres de 2019 e 2020, que mostrou crescimento de 6,1%.
“Realmente, o primeiro semestre teve uma queda, mas ao longo dos últimos 12 meses, caiu devido à pandemia, mas continua positivo e a expectativa para os próximos meses também são de números positivos, haja visto que, a nossa cidade, o comércio, o varejo, estão fluindo. A realidade do Brasil é uma, mas a nossa aqui é um pouco diferente”, disse.
Entre os fatores que estão atrelados a esse crescimento, Divino lista os benefícios que os seguros oferecem além apenas dos sinistros como acidentes e roubos. “No finalzinho de março e abril, os nossos clientes começaram a solicitar assistência para dar carga na bateria dos veículos que estão parados, além de troca de pneus. São benefícios que motivaram a retomada do reaquecimento dos automóveis”.
Outro tipo de seguro que atrai os consumidores é o residencial, especialmente pelos benefícios oferecidos como serviços menores adicionais. De acordo com o presidente da Ascorseg, os seguros residenciais tiveram impacto positivo, pois o consumidor apostou nos benefícios do produto, no conforto em casa de acionar em emergências ou não, além de pequenos reparos como os serviços de consertos de eletrodomésticos.
A pandemia também fez crescer a busca por um seguro de vida, segundo Ferreira, no compasso que o seguro-viagem sofreu uma queda expressiva. “O seguro de vida aumentou. Com a situação da Covid-19, a sociedade acordou e começou a questionar como fica a família em caso de morte. A busca pelo termo “seguro de vida” no Google Trends chegou a 95 pontos em junho, em uma escala de 0 a 100, em que 100 representa o pico de popularidade”, comentou.
Segurança em primeiro lugar
O empresário Hudson Garcia da Silva comprou um carro e não pensou duas vezes. Procurou uma empresa e já fez o seguro para o automóvel. “Nunca fiquei sem seguro. Eu troquei de carro, e uso para trabalhar, então não tenho como ficar sem. Mesmo porque eu acredito que com esse crescimento do desemprego, aumenta a criminalidade também”, afirmou.
Além do seguro veicular, Hudson já está pesquisando para fazer um seguro residencial também. “Já estou fazendo pesquisa e tirando opinião com alguns conhecidos que já possuem para definir sobre a contratação”, finalizou.
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