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16/08/2020 às 09h00min - Atualizada em 16/08/2020 às 09h00min

Tempo seco deve continuar por mais algumas semanas

Umidade do ar começa a aumentar somente em outubro, aponta climatologista

SÍLVIO AZEVEDO

Prepare a garrafinha de água e o hidratante. O tempo seco continuará pelas próximas semanas e deverá seguir até o final de setembro, início de outubro em Uberlândia e região. Com isso, a umidade do ar segue baixa até a volta das chuvas.

Segundo o professor de Climatologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Paulo Cezar Mendes, o tempo seco é típico do clima tropical e ocasionado pela presença de massas de ar secas predominantes dos trópicos ou polares atuando na nossa região.

“A nossa região tem rotações de massas de ar com características de temperaturas amenas, mais frias, que não trazem umidade para nossa região. É típico do clima tropical. Temos um verão quente e chuvoso, e um inverno com temperatura amena e baixos índices de precipitação”.

A mudança de cenário começa a partir do final do mês de setembro e início de outubro, período que começam as pancadas de chuvas mais abundantes, que segue até maio. “Estamos agora no auge do período seco. Agosto e setembro são os meses que a gente registra os menores índices de precipitação aqui na região”, disse Paulo Cezar.

Além das grandes amplitudes térmicas durante o dia, com madrugadas um pouco mais frias e o meio da tarde com temperaturas mais elevadas, neste ano, segundo Mendes, estamos tendo um inverno um pouco mais seco se comparado com anos anteriores.

“A última chuva significativa que tivemos foi dia 24 de maio, com aproximadamente 28mm de precipitação, ou seja, de maio até agora não tivemos nenhuma chuva significativa nesse período. E, analisamos o sistema meteorológico aqui da região, nós não temos expectativa de chuvas para esse mês de agosto. As próximas duas semanas devem continuar essa mesma condição de tempo”, reforçou.

Outra característica do período é a baixa umidade, principalmente nos períodos mais quentes do dia. Segundo o professor, ainda não estão sendo registrados grandes baixas, que devem acontecer a partir da segunda quinzena do mês de agosto.

“Ainda não tivemos stress de umidade extremamente baixa nesses dias. Isso acontece mais no final de agosto, setembro, que a gente registra os menores índices de umidade relativa. Agora está na casa dos 25%, 30% à tarde e chega a 60% durante a madrugada. Setembro que ela cai mais ainda”.

O homem também tem sua parcela de contribuição com o clima seco e sufocante. A partir de julho começou o período que conhecido como “a temporada das queimadas”, com diversos espaços de pastagens, matos e florestas, sendo consumidas pelo fogo.

“A gente lembra que 98% dos incêndios que temos são criminosos. Dificilmente temos na nossa região, situações de combustão espontânea que dá início às queimadas. A maioria é criminosa, seja no espaço rural ou urbano. É uma prática cultural, infelizmente, relacionada a uma educação ambiental não muito boa na nossa região. Um comportamento que não olha bem as questões ambientais”.



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