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18/06/2020 às 10h49min - Atualizada em 18/06/2020 às 10h49min

Uberlândia pode chegar a 10 mil casos de Covid-19 em julho

Membro do comitê municipal estimou pico de contágio do novo coronavírus para a primeira quinzena do próximo mês

DHIEGO BORGES
Medidas mais drásticas serão adotadas na cidade na próxima semana se evolução de casos continuar | Foto: Via-Drones
Diante do crescimento expressivo de casos confirmados e mortes em Uberlândia, o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 está inclinado a adotar o lockdown a partir da próxima semana. A informação foi confirmada em entrevista ao Diário pelo infectologista e professor Marcelo Simão Ferreira, que é membro do comitê, e estima que a cidade pode chegar ou até ultrapassar 10 mil infectados no próximo mês. 

O município contabiliza 72 mortes e 4.149 mil pacientes contaminados pela enfermidade, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quarta-feira (17). Em apenas uma semana, a quantidade de novos casos aumentou 77,2%.

De acordo com Marcelo, o pico da doença na cidade que estava previsto para este mês ainda não foi atingido e uma nova medida deve ser adotada após uma reunião do comitê, que está marcada para a próxima terça-feira (23). 
“Ainda não atingimos o pico. A população precisa nos ajudar. O decreto permanece vigorando até o momento. Na próxima semana, faremos uma reunião do comitê e, se não houver baixa nos casos, vamos fechar tudo”, afirmou o infectologista.

Nesta quarta, o prefeito reeditou o decreto prorrogando a declaração de emergência na cidade por mais 30 dias e manteve, por mais uma semana, o funcionamento do comércio das 10h às 18h, de segunda a sexta-feira.  

MEDIDAS DRÁSTICAS
O professor salientou que se a cidade continuar no ritmo crescente de novos casos, o pico da doença deve ser atingido na primeira quinzena de julho, quando os registros chegariam a 10 mil. Por isso, já estão sendo estudadas medidas mais drásticas para forçar o isolamento social. 

Além do regime de lockdown, com rigidez no controle das atividades econômicas e da circulação de bens e pessoas na cidade, outra possibilidade cogitada pelo comitê é a adoção do programa “Minas Consciente”, do governo estadual, que setoriza atividades econômicas para avaliação da liberação de funcionamento conforme a propagação da doença. 

Marcelo também citou a possibilidade do retorno do primeiro decreto anunciado em março, que também foi mencionada pelo prefeito Odelmo Leão em transmissão ao vivo nesta quarta. Na ocasião, o decreto restringiu todas as atividades comerciais, com exceção dos estabelecimentos que ofertam serviços e produtos essenciais. 


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