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20/05/2020 às 11h43min - Atualizada em 20/05/2020 às 11h43min

A pedido do MP, Polícia Civil reconstitui morte de coordenador da Ocupação Fidel Castro

Policiais e testemunhas participaram da ação realizada na noite desta terça-feira (19) em Uberlândia; Daniquel Oliveira foi morto em março

CAROLINE ALEIXO
Trabalhos na região próxima à ocupação do MTST duraram cerca de 4h30 em Uberlândia | Foto: Diário de Uberlândia
Policiais e testemunhas participaram na noite desta terça-feira (19) da reconstituição dos fatos em torno da morte de um dos coordenadores da Ocupação Fidel Castro, em Uberlândia. Segundo o boletim registrado pela Polícia Militar (PM), Daniquel Oliveira, de 40 anos, foi morto no dia 5 de março em confronto com os militares que faziam patrulhamento na região.

A ação realizada pela Polícia Civil, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), ocorreu para tentar esclarecer pontos narrados por envolvidos durante as investigações. A reconstituição ficou a cargo da Delegacia de Homicídios.

Os promotores de Justiça Breno Lintz, Marcus Vinícius Ribeiro e Thiago Ferraz, responsáveis pela investigação, acompanharam a reconstituição do fato que contou com a participação de testemunhas e de dois policiais que estavam próximos à viatura quando a suposta troca de tiros ocorreu entre a vítima e outros dois policiais.

Os dois militares, diretamente envolvidos e que chegaram a ser afastados administrativamente da corporação, não quiseram participar da simulação do crime e se reservaram no direito de ficar em silêncio. O advogado dos investigados também esteve presente no local.

Os trabalhos duraram cerca de 4h30, finalizando por volta das 23h no lote vago nas imediações da ocupação, no exato lugar onde ocorreram os fatos investigados. “O interessante da reconstituição é que nos ajuda a ir para o Tribunal do Júri e demonstrar aos jurados como as coisas aconteceram. Quando você vê a dinâmica da ação, e não fica apenas lendo detalhamentos dos autos, ajuda a ter uma visão mais clara dos fatos”, comentou o promotor Breno Lintz.

Ainda de acordo com Lintz, algumas diligências estão sendo feitas e é preciso aguardar o resultado de exames de balística, que não foram concluídos. Além dos envolvidos, já foram ouvidos pelos promotores uma médica legista e um perito da Polícia Civil.

O promotor Thiago Ferraz afirmou que após colher os depoimentos houve a necessidade de realizar a reconstituição. “A reconstituição visa confrontar as versões que foram apresentadas. A gente ouve todos e tenta esclarecer algumas divergências para ver se tem ainda algum ponto a ser esclarecido”, disse.

Ferraz adiantou que as investigações devem ser finalizadas em breve.

Reconstituição foi requerida pelos promotores para conflitar versões colhidas nos depoimentos | Foto: Diário de Uberlândia



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