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16/10/2019 às 14h58min - Atualizada em 16/10/2019 às 14h58min

Vereador Juliano Modesto e assessor estão no presídio Jacy de Assis

Alvos da Operação Torre de Babel se apresentaram no MPE na manhã de terça (15); eles são investigados por obstrução de Justiça

DA REDAÇÃO
Investigados passaram por exames na UAI Pampulha antes de seguir para o presídio | Foto: TV Paranaíba/Reprodução

O vereador Juliano Ribeiro Modesto e o assessor Carlos da Mata Pereira, que se apresentaram na manhã de terça-feira (15) ao Ministério Público Estadual (MPE), deram entrada na noite do mesmo dia no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, onde permanecem presos preventivamente. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).


Os dois são investigados pelo crime de obstrução de Justiça e se entregaram cinco dias após a deflagração da Operação Torre de Babel. Na manhã de ontem (15), eles prestaram depoimento aos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e foram encaminhados para exames na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do bairro Pampulha. Como procedimento de praxe, eles seguiram sob escolta da Polícia Militar (PM) para a sede da 9ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp) para serem cumpridos os mandados. 

Em coletiva de imprensa, o advogado do vereador alegou falta de provas e questionou a legalidade da prisão preventiva. Disse ainda que já entrou com pedido de habeas corpus e também da revogação da prisão do cliente. O Diário não conseguiu localizar a defesa do assessor.

SUSPEITAS
As investigações apontam que Modesto é suspeito de ter contratado um grupo de milicianos, também alvo da operação, para intimidar o motorista da Cooperativa dos Transportadores de Passageiros e Cargas em Uberlândia (Coopass) que havia denunciado fraudes da cooperativa à polícia e ao MPE.

Segundo a representação protocolada em março de 2017, a cooperativa responsável pelo transporte escolar no Município teria apresentado planilhas com valores adulterados da quilometragem rodada pelas vans com o intuito de receber valores superiores da Prefeitura de Uberlândia pelo serviço prestado. Parte dos valores ficava com os dirigentes da cooperativa e os motoristas cooperados recebiam o valor real ao que realmente foi rodado no mês.

As supostas irregularidades relatadas na denúncia ocorriam, principalmente, no ano de 2016 e com indícios também no início de 2017, já que a colocação do sistema de GPS nos veículos, solicitada em fevereiro daquele ano, dificultou o esquema fraudulento de apresentar as planilhas alteradas. 

Para solicitar as prisões ao Judiciário, o Gaeco defendeu que há indícios de autoria em relação aos dois e outras pessoas, incluindo o colaborador premiado das investigações, que é ex-policial e também está preso.

A delação também aponta que um terceiro investigado, Fernando Silva Naves, havia afirmado que a encomenda das ameaças ao cooperado da Coopass teria sido feita pelo vereador, repassando o contato dele e do assessor parlamentar para o ex-policial, que intimidaria a vítima junto a um comparsa. Segundo o Ministério Público, os contatos de Modesto e da Mata estão registrados no celular apreendido do ex-militar. 

Naves é policial civil e está foragido. O Diário não conseguiu localizar os advogados dele. 













 


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