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28/06/2019 às 08h03min - Atualizada em 28/06/2019 às 08h03min

Jogador uberlandense disputará Liga da França

Gladstone Magalhães superou dificuldades e quase parou de jogar no início da carreira

EDER SOARES
Gladstone chegou a jogar pela Seleção Brasileira sub-19 e defendeu times paulistas | Foto: Divulgação
Com 2,07 metros de altura e 107 quilos, Gladstone Magalhães de Jesus Júnior é considerado um ‘gigante’ em sua modalidade esportiva. Aos 22 anos, o uberlandense já se destacou em equipes brasileiras de vôlei e agora tem planos mais audaciosos na carreira internacional.

Depois de passar as duas últimas temporadas atuando pelo Pamvohaikos da Grécia e chamar a atenção não somente pela altura, mas também pela técnica de ataque, bloqueio e principalmente pelos potentes saques, Gladstone está de malas prontas para a França, onde se encontra uma das principais ligas de vôlei masculino do mundo.

O uberlandense vestirá a camisa do Stade Poitevin, equipe da cidade de Poitiers, que fica no centro-oeste da França e tem cerca de 90 mil habitantes. Com experiência também na base da Seleção Brasileira, a meta do central é focar na carreira em clubes, mas sem deixar de lado o olhar para uma futura convocação para o time principal do Brasil.

A carreira de Gladstone começou cedo, aos 10 anos de idade nas escolinhas do Uberlândia Tênis Clube (UTC).  O primeiro técnico foi Deivid Schneider, que ensinou tudo que o jogador sabe. Depois de disputar competições com a Seleção Brasileira sub-19, veio o convite para ir para o voleibol paulista, o mais evoluído do país e onde estão as principais equipes e treinadores. Em pouco tempo, muita coisa boa e ruim aconteceu, como o próprio jogador faz questão de contar.

“Eu fiquei um ano no Sesi (SP) e então fui jogar no Campinas (SP). Passei um ano lá e fui para São José dos Campos (SP), onde fiquei por dois anos.  No meio do segundo ano (2015) em São José dos Campos, eu quis parar de jogar porque a gente passava muitas dificuldades neste clube. Eu estava cansado de andar 14 km, todos os dias, para ir treinar e pagar conta de água, luz e internet recebendo R$ 500 apenas.  Então eu decidi parar com o vôlei. Vim para casa e fiquei duas semanas”, disse Gladstone.

Neste período, em Uberlândia, aconteceu o que Gladstone considera um fato determinante para a guindada na carreira. Dois “anjos”, como ele mesmo frisa, apareceram para lhe dar mais uma oportunidade. Um deles foi o treinador Paulo Martins, da equipe do Monte Cristo (GO). “O técnico mais importante nisso tudo e que fez eu chegar onde estou hoje. Ele entrou em contato comigo para jogar os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) e a Taça Prata, que dava acesso à Superliga B, mas tinha um problema: São José não queria me liberar na época, por eu ter deixado o time no meio da temporada. Então o Paulo me apresentou para a advogada Maria Madalena Oliveira, que brigou até o fim na Justiça para que eu pudesse disputar as competições”, afirmou.

E foi dessa forma que o central disputou a Superliga B pelo time de Goiás e conseguiu montar um material de divulgação (vídeo) até chegar na equipe do Santo André (SP), onde permaneceu por dois meses. Foi aí que recebeu a proposta para seguir para o voleibol da Grécia.

Durante dois anos aprendeu a falar inglês, conheceu a rica cultura grega e terminou a primeira temporada como o melhor sacador da competição. “Na segunda temporada fiquei em segundo. Isso foi determinante para eu receber a proposta da França. Sempre foi um dos meus sonhos jogar na França, então eu espero fazer uma temporada melhor do que fiz na Grécia nesses dois anos, me adaptar bem com o grupo e com a cidade”, disse.
 
Conquistas
- Tetracampeão Mineiro e um vice (UTC)
- Vice-campeão Sul-Americano sub- 19 (Seleção Brasileira)
- Campeão Paulista sub- 19 (Sesi-SP)
- Bicampeão dos Jogos da Juventude (São José-SP)
- Sexto lugar Superliga B (Monte Cristo-GO)

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