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26/06/2019 às 07h58min - Atualizada em 26/06/2019 às 07h58min

Conmebol e COL descartam redução nos preços dos ingressos da Copa América

Organização faz balanço positivo sobre público, apesar das arquibancadas vazias

FOLHAPRESS
Hugo Figueredo, da Conmebol, Agberto Guimarães e Thiago Januzzi, do COL, durante apresentação de balanço | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e o Comitê Organizador Local (COL) da Copa América minimizaram os jogos com arquibancadas vazias e fizeram um balanço positivo da presença de público na primeira fase da competição. Alterações na política de preços dos ingressos também foram descartadas.

"Um jogo que atrai 40 mil pessoas em qualquer lugar do mundo é no mínimo interessante. A média de público teve um aumento e vislumbramos um aumento maior [na fase eliminatória]", afirmou Agberto Guimarães, diretor-geral do COL em encontro com a imprensa ontem, no estádio do Maracanã.

Na primeira fase da competição, a média de comparecimento aos estádios foi de 28,7 mil, taxa de ocupação inferior a 50%. Na edição passada, realizada nos Estados Unidos, esse número foi de 59%, com cerca de 41.094 presentes por confronto; já no Chile, em 2015, a ocupação chegou a 79% dos estádios após os 18 primeiros jogos (21.847 pessoas por duelo).

Além de vazios, alguns confrontos tiveram muitos não pagantes (convidados da organização, donos de cadeiras cativas e portadores de ingressos cortesia). A vitória do Uruguai por 1 a 0 sobre o Chile, no domingo (23), teve 8.167 não pagantes para 49.275 pagantes. Os casos mais extremos foram Equador x Japão e Venezuela x Bolívia, em que houve mais pessoas que viram o jogo sem pagar frente aos que compraram o ingresso.

"A gente tem as cadeiras cativas, que são propriedades e seus proprietários têm direito de acesso aos jogos", explicou Thiago Januzzi, gerente-geral do COL.

No quesito arrecadação, o evento apresentou rendas bem acima do normal do futebol brasileiro. No total, a primeira fase teve cerca de R$ 110 milhões de renda bruta. Só no jogo de estreia entre Brasil e Bolívia, mais de R$ 22 milhões foram obtidos com os ingressos dos 46 mil pagantes (o que representou 69% de taxa de ocupação).

"A arrecadação da partida inicial foi um recorde, acreditamos que estamos marcando o caminho para ter o melhor torneio da história, em aspectos esportivos e de organização", avaliou Hugo Figueredo, diretor de competições da Conmebol.

O tíquete médio da abertura foi de R$ 485, embora houvesse entradas disponíveis a R$ 190, R$ 290, R$ 390 e R$ 590. Os pacotes hospitalidade, entre R$ 1,6 mil e R$ 4,3 mil, alavancaram o valor.

Apesar dos preços elevados, o COL não vai mexer nos preços dos ingressos. "A gente não pode alterar política de preços durante o evento, para respeitar quem já adquiriu ingressos por determinado valor. Tivemos uma média de 29,3 mil pessoas por partida, um acréscimo de 35% de público comparando com o Chile. Temos visto um saldo positivo a presença do público, o maior interesse é que essa média vai subir ao longo da competição", disse Januzzi.
Amanhã, o Brasil abre a quartas de final. A seleção enfrenta o Paraguai, em Porto Alegre.

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