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25/11/2018 às 07h30min - Atualizada em 25/11/2018 às 07h30min

“Merlí” é uma boa pedida para o domingo

ADREANA OLIVEIRA
Merlí e seus peripatéticos na série espanhola de sucesso | Foto: Divulgação
Só quem teve um grande mestre nos tempos de estudante sabe o quanto um bom professor faz diferença na vida de uma pessoa. Em tempos de desvalorização da classe em todos os sentidos, a série espanhola “Merlí”, disponível na Netflix, representa uma bela homenagem àqueles que enfrentam o dia a dia da sala de aula como um espaço de aprendizado para a vida e principalmente de liberdade de pensamentos.

Divorciado, despejado do seu apartamento e desempregado, Merlí Bergerón, interpretado com maestria pelo ator Francesc Orella, consegue uma vaga de professor substituto no Instituto Àngel Guimerà. Enquanto isso tem que voltar a morar com a mãe, Carmina Calduch (Anna M. Barbany), outra grata surpresa no elenco, e o filho Bruno (David Solans).

Ao longo de 40 episódios em três temporadas conhecemos as histórias dos alunos e professores do instituto que é totalmente transformado com a chegada de Merlí. Orella é convincente no papel e o telespectador deve alternar sentimentos de antipatia e simpatia pelo personagem. Se os fins justificam os meios vai da índole de cada um, mas nada é mais importante em uma série como essa do que a comprovação de que é possível ser feliz em uma vida nada extraordinária e que as pessoas têm o direito de não se enquadrarem.

Em uma Espanha dividida e em crise, a educação, a filosofia principalmente, ajudam a transformar vidas de famílias inteiras que têm que lidar com problemas financeiros, sociais, de gênero e bullying mas com uma abordagem densa, que alterna momentos dramáticos com um certo humor negro. A classificação é 12 anos e cada episódio tem em média 50 minutos. Se possível assista no idioma original, o catalão.
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