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11/05/2018 às 10h50min - Atualizada em 11/05/2018 às 10h50min

Um 'rolê' por Barcelona em 48 horas

Roteiro traz dicas do que fazer na cidade, das escolhas clássicas às inesperadas, em dois dias de viagem

RAFAEL GREGORIO | FOLHAPRESS
La Rambla é o epicentro turístico da capital catalã, com uma profusão de bares e comércios, artistas de rua e camelôs | Foto: Divulgação/Madanihotel
 
Caso seu destino seja Barcelona, é possível degustar o essencial em 48 horas, de lugares obrigatórios a destinos menos óbvios que traduzem o espírito do lugar.

A quem tem condições, recomenda-se trocar o transporte público pelo tênis; é importante ver e ouvir a cidade.

Comece com um café da manhã na praça Letamendi, no Brunch & Cake (rua d'Enric Granados, 19). Na sequência, vá ao passeio de Gràcia, espécie de Champs-Élysées, a célebre via de consumo em Paris que reúne grifes celebradas.

A dois quarteirões dali está a Casa Milà, reconhecível pelas linhas curvas que sugerem formas orgânicas e um dos mais famosos projetos do arquiteto catalão Antoni Gaudí (1852-1926).

Passe pelo Museu Geológico (rua de la Diputació, 231) e pela Universidade de Barcelona e dirija-se ao MacBa, o Museu de Arte Contemporânea. A visita vale para apreciadores do skate -o local é uma espécie de meca do esporte.

Caso sinta fome, boa opção para almoçar é o La Masia (rua d'Elisabets, 16), com pratos do dia a R$ 25.

Recarregada a bateria, conheça a casa Batlló (passeio de Gràcia, 43), outra obra de Gaudí que abriga um museu sobre o arquiteto (ingresso a R$ 122).

Caso já esteja escurecendo, desça o passeio de Gràcia, avenida belíssima à noite, rumo à praça de Catalunya.

Para jantar, a melhor opção é o Tapas 24, de porções deliciosas e ótima carta de vinhos. Custa de R$ 105 a R$ 169. E, para estender a noite, boa alternativa é o pub L'Ovella Negra.

SAGRADA FAMÍLIA AO GUELL

O Templo Expiatório da Sagrada Família é visita obrigatória. Começou a ser erguido no século 19 e passa por reformas até a próxima década, baseadas nos projetos do próprio Gaudí.

Para quem já viu a igreja, mas há mais de dez anos, é bonito observar a evolução: há belíssimos vitrais e o acesso interno está mais fácil.

Compre ingresso antes, pela internet (R$ 63 a R$ 122), e programe a visita para a manhã.

Ao sair, conheça o bairro de Gràcia, distante 20 minutos a pé pela rua de Provença.

Comece pelo restaurante Can Codina (rua de Torrent de l'Olla, 20) e prove a versão local do "pa amb tomàquet" (pão com tomate), um clássico catalão.

Outras opções são a Bodega Marín (rua de Milà i Fontanals, 72), de clima mais rústico, e o restaurante basco Ipar Txoco (rua de Mozart, 22).

Desbrave Gràcia com calma. É um bairro antigo, de natureza diferente do resto da cidade: a bruteza dos locais, a bandeira da Catalunha por todos os lados, o gozo do ócio nas praças.

A partir daí, espíritos festeiros preferirão o Bar Elephanta (rua de Torrent d'En Vidalet, 37), com 40 rótulos de gim.

Outra opção é ver o pôr do sol no parque Guell, ao qual se chega pela rua de Verdi.

SEGUNDO DIA

Caminhada vai da praça de Catalunha às praias

Outro "rolê" imprescindível é por La Rambla, o epicentro turístico com uma profusão de bares e comércios, artistas de rua e camelôs.

Caminhe e observe marcos locais, como o mosaico de Joan Miró e o Museu Eròtic.

Para comer, escolha La Boqueria, o mais famoso dos muitos mercados de rua da cidade. Um universo de cores e cheiros emana das iguarias: frutos do mar, queijos, embutidos.

O destino final pode ser Barceloneta. É o bairro "jovem", alçado ao noticiário recente graças a divergências entre os residentes e os muitos estrangeiros.

Sugestão campeã: alugar uma bicicleta e pedalar pela orla rumo às praias de Nova Icaria e Bogatell.

No caminho, passa-se pela Vila Olímpica, região revitalizada por arquitetos para os Jogos de 1992.

Para jantar, prove uma "bomba", salgado típico de batata e carne, no La Bombeta (rua de la Maquinista, 3).

BAIRRO GÓTICO

A partir da praça de Catalunha rumo às Ramblas, à esquerda de quem desce, as ruas se estreitam e a luz do sol se esgueira: chegou o bairro gótico.

Ali estão a Catedral de Barcelona, construída entre os séculos 13 e 15, e o Museu de História de Barcelona (Muhba), onde se estuda a cidade desde a ocupação por Roma até os dias atuais.

Também na região está o bar Els Quatre Gats (rua de Montsió, 3), onde Picasso realizou as primeiras exposições.

De lá, migre para o Born, bairro que faz divisa com Barceloneta. Tradição e modernidade se unem: restos de muralhas romanas versus cafés hipsters e galerias de arte de rua.

O leitor saberá fazer suas descobertas, mas pode tomar por destinos o Mercado de Born e o Parque de la Ciutadella.

Aberto em 2013, o Centro Cultural do Mercat del Born ocupa espaço que foi de um mercado municipal. Nas reformas para fazer dele uma biblioteca, descobriu-se um sítio arqueológico. A entrada custa R$ 15.

Coroe seu dia no restaurante El Xampanyet (rua de Montcada, 22). O lugar é minúsculo e come-se de pé. Em uma cidade notória pelo comer e beber, não se vê nada igual.

Para terminar, descanse no parque de la Ciutadella.
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