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02/10/2017 às 05h13min - Atualizada em 02/10/2017 às 05h13min

Tudo bem no reino da Dinamarca

País escandinavo faz a felicidade do turista com cidades organizadas, design de referência e muita área verde

CASSIANA DER HAROUTIOUNIAN | FOLHAPRESS
Capital do design, Copenhague esbanja funcionalidade, organização e estética em todos os cantos / Foto: Andrey A Popov via VisualHunt

 

A Dinamarca está no topo do ranking das Nações Unidas de países mais felizes do mundo (ao lado de Suécia, Holanda, Suíça e Noruega). Esse pedaço da Escandinávia com 5,6 milhões de habitantes é um destino que merece ser desvendado.

Comece pela capital, Copenhague, onde o verbo flanar pode ser aplicado perfeitamente. A cidade com 1,2 milhão de habitantes é mesmo o que você imagina: bonita, organizada, cosmopolita e silenciosa. Todo viajante deveria se perder nela.

Aproveite o Google Maps e saia por aí sem se preocupar em ticar uma listinha de pontos turísticos. Aliás, vale a pena estender o roteiro além dos lugares que estão em todos os guias. Entre um ponto de atração óbvio e outro há uma infinidade de coisas legais, como o design, que está presente em lojas e prédios pelo caminho.

Graças a nomes que se tornaram famosos nos anos 1950, como Arne Jacobsen, Hans Wegner e Børge Mogensen, o design dinamarquês se tornou de sinônimo qualidade, de alta funcionalidade e de pensamento novo.

Quem gosta desse universo vai se esbaldar no Museu do Design (designmuseum.dk), com pausa no café, que além de delicioso é mobiliado com peças assinadas por Hans J. Wegner e Poul Kjærholm. O prédio, antigo, no passado abrigou o primeiro hospital público do país.

O desenho contemporâneo se estende por grandes construções da capital. Um exemplo é a ópera de Copenhague, construída na ilha de Holmen. Outro símbolo é o prédio erguido em 1999, da biblioteca nacional, que é conhecida como "black diamond" e se conecta com a antiga biblioteca real, de 1648.

 

VERÃO FRIO

A Dinamarca tem mesmo mais dias nublados do que ensolarados. O verão, principalmente neste ano, demorou a chegar – e quando chega, muitas vezes, dura só um dia. Nessa época, as temperaturas ficam na casa dos 17 graus. O vento gelado no fim da tarde é quase uma rotina. E jantar cedo, às 18h30, também. Um dos maiores desafios na capital é achar um lugar para comer após as 21h.

Nos jantares, quem tem orçamento apertado deve se contentar com apenas uma taça de vinho – também não é lenda que a Dinamarca é um país caro: uma garrafa em um restaurante não vai custar menos que R$ 125. Já um deslocamento por ônibus urbano custa em media R$ 13.

Parques espalhados pela cidade a deixam ainda mais acolhedora. No verão, as pessoas se esparramam pelos gramados entre um compromisso e outro, mesmo nos dias mais cinzentos.

Além do design, a Dinamarca é famosa pelos contos do escritor Hans Christian Andersen (1805-1875). Um dos maiores símbolos da capital é uma escultura de bronze de uma de suas personagens principais, a Pequena Sereia, que fica na alameda Langelinie.

Além de ver a estátua, vale a pena caminhar por essa região, que fica perto do centro de Copenhague e da estação de metro Østerport.

 

ARQUITETURA

O lugar também pode ser visto de longe, durante um passeio de barco, que geralmente sai de Nyhavn (antigo porto da cidade, com aquelas casinhas coloridas típicas de cartão-postal). O cenário é lindo, mas vale só para dar uma passadinha, porque tudo lá é mais caro.

O barco circula por todos os pontos turísticos, como a ópera, a biblioteca principal, as casas-barco, o palácio de Amalienborg, a igreja de Mármore e o bairro residencial de Christianshavn. Dá um panorama da cidade, mas não substitui um passeio a pé.

Só caminhando para ver de perto as galerias e os museus que se espalham pela cidade, como o The David Collection (davidmus.dk), que tem a maior coleção de arte islâmica da Escandinávia, e a Gliptoteca NY Carlsberg (glypto teket.dk), com esculturas grandiosas e arquitetura exuberante. O prédio tem vista para o parque de diversões Tivoli, que fica ao lado.

Outra atração é a cisterna de Copenhague, no parque Søndermarken, que recebe instalações artísticas subterrâneas a cada ano. O renomado arquiteto japonês Hiroshi Sambuichi foi o escolhido de 2017 para criar lá sua maior obra fora do Japão.

Uma visita a Copenhague ficaria incompleta sem um dia dedicado ao Museu de Arte Moderna da Louisiana (louisiana.dk). Fica junto ao mar, na cidade de Humlebæk, a mais ou menos 40 minutos de trem da capital. O lugar mistura atrações naturais, arquitetura e arte e oferece vista panorâmica da Suécia.

Por ano, o espaço recebe de 6 a 10 exposições temporárias. Até 22 de outubro, há uma retrospectiva da obra da artista sérvia Marina Abramovic – além do acervo permanente com mais de 3.500 peças. Muitas dessas obras se esparramam pelos jardins. Entre uma e outra, os visitantes se deleitam com as comidinhas do restaurante.

 

COSTUMES LOCAIS

No sul, visitantes podem pegar suas próprias ostras

Para explorar o sul do país, próximo à Alemanha, alugar um carro é uma boa opção – os trens funcionam, mas, como a graça é parar nas diversas cidadezinhas ao longo do caminho, vale a pena optar por dirigir. Prepare seus olhos para a paisagem.

Viajar pelas estradas dinamarquesas é mergulhar em cenários inóspitos, com grandes campos e paisagens tomadas por cavalos, vacas, bicicletas e turbinas eólicas. A expectativa é que até 2020 metade da energia do país seja gerada pelo vento.

Na comparação com a capital, o comportamento das pessoas no sul é consideravelmente diferente.

Casinhas que guardam cestas de morangos gigantescos, por exemplo, ficam abandonadas ao longo da estrada. Basta pegar a sua cesta com as frutas, deixar o dinheiro e pronto.

O mel orgânico feito por um casal de produtores, na cidade de Rømø, também é vendido dessa maneira.

Na praia de Sønderstrand, em Rømø, a faixa de areia é grande e repleta de pedras de diversos formatos e conchas.

Barracas de camping, trailers, cavalos e pessoas empinando pipas são vistos pequeninos na imensidão da areia branca, no meio da ventania, considerada uma das marcas da região.

Da praia, é possível avistar o ferry que faz a rota até a Alemanha – muitos moradores do país vizinho têm casas de veraneio na Dinamarca.

 

OSTRAS

Pegar ostras (bem maiores do que as encontradas no Brasil) com as próprias mãos é uma aventura à parte, uma típica cena de um filme nórdico exibido em mostras de cinema ou um capítulo da série de livros "Minha Luta", do aclamado escritor norueguês Karl Ove Knausgård.

Encontrar as ostras perfeitas, cozinhá-las na brasa e servi-las é um ritual de muitas famílias locais passado dos avós aos netos.

É possível passar dias na região sem se preocupar com a passagem do tempo.

Pode ser que, enquanto o visitante esteja jogado na grama nas imediações da praia, um pequeno veado passe por perto. Se tiver muita sorte, é possível avistar aglomerados de pássaros formando desenhos exuberantes no céu. (CH)

 

PACOTES PARA A DINAMARCA

> R$ 3.384
Quatro noites em Copenhague, com café da manhã, traslado, passeios e uma degustação de culinária local. Por pessoa e sem aéreo. Na Stella Barros Turismo: stellabarros.com.br

> R$ 6.744
Oito noites (Copenhague, Oslo, Bergen, Lofthus e Balestrand), com café da manhã, traslados, e ferries ferry, além de dois jantares. Preço por pessoa e sem aéreo. Na Top Brasil Turismo: topbrasiltur.com.br

> R$ 7.220
Pacote de 11 noites (Copenhague, Aarhus, Kristiansand, Stavanger, Bergen, Oslo, Estocolmo e Helsinque), com café da manhã, guia (falando espanhol) e cruzeiro de uma noite. Por pessoa. Sem aéreo. Na Venice Turismo: veniceturismo.com.br

> R$ 7.333
11 noites (Copenhague, Oslo, Estocolmo, Helsinque, Bergen, Lofthus e Balestrand), com café da manhã, passeios, dois jantares e ferry entre Estocolmo e Helsinque. Preço por pessoa e sem aéreo. Na Visual Turismo: visualturismo.com.br

> R$ 8.057
12 noites (Copenhague, Helsinque, Estocolmo, Mostou e São Petersburgo), com café da manhã, um jantar, passeios, guia em português, traslado e trem Moscou - São Petersburgo. Por pessoa, sem aéreo. Na CVC: cvc.com.br

> R$ 8.452
Dez noites (Copenhaguen, Oslo, Bergen, Loen, Lillehammer e Estocolmo), com café da manhã, um jantar e cruzeiro de uma noite (Copenhaguen-Oslo). Por pessoa, sem aéreo. Na Trade Tours: tradetours.com.br


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