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03/09/2017 às 05h43min - Atualizada em 03/09/2017 às 05h43min

Brasileiro acredita no setor de cruzeiros marítimos

Estudo mostra que 88,8% apoiam incentivo do estado na criação de postos

DA REDAÇÃO
O ponto alto do setor de cruzeiros no país foi observado na temporada 2010/2011 / Foto: Felipe Quintanilha/Via Visual Hunt

 

Com um litoral de 7,4 mil km, o Brasil tem um grande potencial no que diz respeito aos cruzeiros marítimos. Tanto que 88,8% da população brasileira é favorável ao estímulo do estado para criação de portos com capacidade para chegada de cruzeiros marítimos. Os dados são resultado de uma pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo que ouviu duas mil pessoas em todo o Brasil.

As regiões sul e nordeste se destacam no apoio à iniciativa: 91,2% e 90,6% respectivamente. Não à toa, são as regiões com maior potencial para ampliar o número de destinos que recebem os grandes navios. No sudeste, a medida é apoiada por 89%, enquanto nas regiões norte e centro-oeste a aprovação fica na casa dos 83,8%.

Para debater os grandes temas de interesse do setor, a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil) promoveu nesta semana, em Brasília, o seminário “Cruzeiros Marítimos: o momento é esse”.

“Temos uma costa linda e repleta de atrativos para os mais vários tipos de viajantes, mas precisamos aproveitar melhor esse potencial. Mesmo em um cenário de retração, o setor de cruzeiros marítimos contribuiu com R$ 1,911 bilhão na economia brasileira na temporada 2015/2016”, afirmou o ministro do Turismo, Marx Beltrão.

O ponto alto do setor de cruzeiros no país foi observado na temporada 2010/2011 quando 20 navios transportaram pela costa brasileira cerca de 800 mil turistas. Para a alta temporada de 2017/2018, que começa em novembro, são esperados sete navios que transportarão 400 mil passageiros.

“Os cruzeiros marítimos estão com força total ao redor do mundo. Apenas para este ano são esperados 25,8 milhões de cruzeiristas. Países que há muito tempo não faziam parte desse segmento estão crescendo, caso da China e Austrália. No Brasil vários motivos levaram à retração do segmento: infraestrutura, impostos e regulações”, avaliou o presidente do Conselho da CLIA Abremar, Rene Hermann.

 

VITÓRIA DO SETOR

O setor comemorou uma importante conquista em maio deste ano, quando foi regulamentada a Lei da Migração, que definiu que os marítimos dos navios que circulam pelo Brasil não precisarão mais de vistos para exercer a sua atividade. A demanda antiga deverá ser regulamentada em novembro e representará uma redução de até R$ 500 mil no custo de cada navio.

“Por que o Brasil, o país número um do mundo em atrativos naturais não consegue aproveitar todo esse potencial e explorar o turismo de forma sustentável? Se os números são positivos em um cenário de retração, imagine se conseguirmos atacar os gargalos que impedem o setor de crescer? É nesse sentido que estamos trabalhando”, comentou o ministro.


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