Em outubro acontece em Uberlândia, nas áreas externa e interna do Teatro Municipal, a 4ª edição do Festival Timbre. Porém, a movimentação em torno do evento começou já faz alguns meses com algumas novidades na forma de divulgar e fortalecer a marca do festival. “Precisamos entender esse momento e sentimos a necessidade de nos movimentar mais cedo e contar com os embaixadores, que são apoiadores que têm carta branca para realizar ações referentes ao festival”, explica Gabriel Caixeta, um dos produtores do evento.
A preocupação de Gabriel não é em vão - levando em consideração o momento econômico que o país atravessa o investimento em arte e cultura nunca está entre as prioridades. Neste ano, eles criaram o Clube Timbre, que teve quase mil assinaturas e superou as expectativas dos organizadores. Quem faz parte do clube tem acesso às atrações confirmadas antes do público em geral, ingresso a preço diferenciado, entre outras vantagens.
“Além disso, estamos movimentando a região. Temos embaixadores em Goiânia, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte”, comenta Caixeta.
O produtor cultural diz que as bandas confirmadas entendem a proposta do festival, de apoiar a diversidade musical e formar público. Por isso, foram abertas às negociações de cachê, por exemplo. “Infelizmente tem artista que não é flexível, ou é valor fechado ou ele fica em casa. Esse comportamento, eu particularmente acredito que leva à perda de grandes oportunidades”, disse Caixeta.
O line up traz atrações inéditas na cidade, como Scalene e Bayana System, que foi destaque em festivais como o Roskilde, da Dinamarca. Rael convida Emicida e Tulipa Ruiz é inédito no país. “Outra aposta nossa é o Silva cantando Marisa Monte”.
Para manter o vigor do festival, outros eventos relacionados ao Timbre acontecem em setembro, contando com atrações nacionais e regionais e oficinas em cinco escolas públicas e uma possível ação no bairro Luizote de Freitas. “Essa meninada que está nas escolas precisa saber que tem opções bacanas de entretenimento. Vamos possibilitar a alguns deles uma vivência dentro do festival”, disse Gabriel Caixeta.