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23/08/2021 às 19h55min - Atualizada em 23/08/2021 às 19h55min

JOGOS PARALÍMPICOS COMEÇAM DISPUTAS

ALBERTO GOMIDE
Divulgação
Depois de uma espera de cinco anos, os Jogos Paralímpicos de Tóquio, em sua 16ª edição, finalmente, vão começar. Hoje, dia 24 de agosto, a cerimônia de abertura será realizada no Estádio Nacional do Japão, às 8h (horário de Brasília). Já no dia seguinte, nesta quarta-feira (25), começam as primeiras disputas do evento. O evento encerra-se no dia 5 de setembro.

A natação, segunda modalidade com o maior número de representantes, estreia no primeiro dia do evento com grandes nomes da natação nacional e mundial na piscina do Centro Aquático de Tóquio como o multimedalhista Daniel Dias (classe S5), Carol Santiago (S12) e Phelipe Rodrigues (S10).

Para a cidade de Uberlândia, existe uma expectativa muito grande. É que existem possibilidades de atletas da cidade conquistarem medalhas, o que será inédito para o paradesporto local, que ao longo de vários anos vem conquistando resultados positivos em grandes eventos esportivos nacionais e internacionais. Uberlândia tem representantes da natação, no atletismo, no halterofilismo, no bocha e no tênis em cadeira de rodas, num total de 10 paratletas, sendo 6 na natação. Lara Lima (foto), no halterofilismo, expectativa de medalha.
 
A delegação brasileira é composta por 260 atletas (incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro), sendo 164 homens e 96 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 434 pessoas. Jamais uma missão brasileira em Jogos Paralímpicos no exterior teve tamanha proporção. Na última edição fora do Brasil, em Londres 2012, o Brasil compareceu com 178 atletas, até então a maior. O número para a capital japonesa só é superado pela participação nos Jogos Rio 2016, já que o Brasil garantiu vagas em todas as modalidades por ser país sede e contou 286 atletas no total, ficando em 8º lugar no ranking de medalhas.

A modalidade com o maior número de atletas será o atletismo com 65 representantes e 19 atletas-guia. Na última edição do Mundial da modalidade, em 2019, o Brasil alcançou o inédito e histórico segundo lugar no quadro geral de medalhas.

Em seu Planejamento Estratégico, o CPB estabeleceu como meta se manter entre as dez principais potências do planeta nos Jogos Paralímpicos. Além disso, também foi estabelecida uma meta de participação feminina: 38%. Em Tóquio, a delegação tem 95 atletas mulheres com deficiência, o que representa 40% da equipe nacional, ou seja, neste quesito, o objetivo foi até superado.
 
Os Jogos de Tóquio ainda reservam a possibilidade da conquista da centésima medalha dourada paralímpica brasileira. Contando todas as edições, o país já subiu 87 vezes no lugar mais alto do pódio.

Serão atletas de 22 estados e do Distrito Federal em disputas de 20 modalidades. O Brasil só não possui representantes no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas. Atletas nascidos no estado de São Paulo são maioria, com 60 representantes. Os naturais do estado do Rio de Janeiro vêm em seguida, com 25. Não há representantes provenientes de Amapá, Sergipe, Roraima e Tocantins.

Os Jogos de Tóquio também marcam a estreia de duas modalidades, o parabadminton e parataekwondo. Ambas começam na segunda metade dos Jogos. No último dia de competições, 5 de setembro, o Brasil brigará por medalhas nas tradicionais maratonas masculina e feminina.
 
Os primeiros Jogos Paraolímpicos, sob esse nome, foram realizados em Roma, na Itália, em 1960, com 400 inscritos, de 23 países. Desde então, são promovidos a cada quatro anos. Os jogos paralímpicos reúnem modalidades adaptadas para deficientes, sejam eles físicos ou mentais. Para a maioria destes atletas, o esporte é um meio de encarar a realidade que só entende quem passa pela mesma situação. Os resultados são incríveis, pois com o estímulo proporcionado pelo esporte, todos possuem um grande desafio enquanto melhoram a saúde e aprimoram suas habilidades.
 
Os comitês das Olimpíadas e Paralimpíadas trabalham juntos e sempre tentam incluir cada vez mais modalidades que incluam novos atletas. Neste ano, o evento conta com 27 modalidades esportivas que incluem alguns esportes criados especificamente para atletas paralímpicos como bocha, goalball e futebol de cinco.
 
 
Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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