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19/03/2021 às 14h42min - Atualizada em 19/03/2021 às 14h42min

Centenário com o UEC no módulo-II?

ALBERTO GOMIDE
BRUNO HADDAD/CRUZEIRO
Ainda no ano passado, quando se falava nas eleições para a nova diretoria do clube, mesmo sem saber quem seria candidato, fiz questão de fazer uma simples, mais profunda, observação: no ano de 2022 o Uberlândia Esporte Clube comemora o seu centenário. E comentei ainda: o UEC precisa fazer pelo menos uma campanha intermediária na Divisão Especial de 2021, para se garantir na elite do estadual, e também garantir uma vaga para o Campeonato Brasileiro, não importa a Série. Não dá para entender o UEC, no ano do seu centenário, estar novamente fora da elite do Campeonato Mineiro. Foi essa a observação que fiz. Está escrito nas colunas da época.

Dito isto, é necessário reconhecer que o campeonato está começando agora. Não. Não está começando. Já começou, e de maneira negativa. São onze jogos, e quatro já foram realizados. E o que o UEC fez até agora? Nada, principalmente o futebol apresentado pelo time. Empatou em 1x1 com o Cruzeiro e até teve chance de vencer, mas não conseguiu. Perdeu para a URT, em Patos, por 1x0, mas para realizar uma campanha razoável, precisa somar pontos fora de casa também. Perdeu para o Atlético por 4x0. Normal, mas não da maneira como perdeu. Perdeu segunda-feira por 3x1, em casa, para o Pouso Alegre, estreante na competição. Essa derrota foi um desastre. E agora? Já se fala em um possível rebaixamento. Fazer matemática e não ganhar pontos não resolve nada. Vai apenas repetir o que vem acontecendo há anos.

E mais: ganhou vaga na Copa do Brasil. O que aconteceu? Empatou em casa com o Luverdense (MT) em 1x1 e foi eliminado, provocando um enorme prejuízo financeiro ao clube. O técnico Tuca Guimarães foi demitido logo após o jogo pela Copa do Brasil. Não teve competência para montar um sistema de jogo com o grupo que recebeu para trabalhar, e o grupo também deixa a desejar tecnicamente (com raras exceções) para montar um time competitivo. O tempo vai passando e fazer contratações apressadas, dentro do campeonato, podem não atingir os resultados necessários, principalmente precisando de jogadores de melhor nível técnico.

Quem pegar a tabela e fizer uma análise vê o quanto a situação está delicada para o Uberlândia. Pode até ganhar os jogos restantes. Tudo é possível, mas para abrir o caminho rumo a uma reação, precisa vencer. O jogo contra o Boa, em Varginha, marcado pela tabela para domingo, foi antecipado e seria realizado ontem. Mas nada vai mudar se o time não melhorar dentro de campo, cada um na sua posição, corrigindo falhas gritantes, mas, principalmente no coletivo. Depois recebe o América, e, na sequência recebe o Patrocinense, posteriormente vai a Poços de Caldas, pegar a Caldense que vem com excelente desempenho. Continuando, faz dois jogos em casa, contra Athletic e Tombense. Por último, vai jogar fora de casa contra o Coimbra, também candidato ao rebaixamento. Pelo menos até agora, jogar em casa ou fora, não está representando nada para esse time que o UEC contratou lá no final do ano passado. Como aconteceu com o técnico, alguns jogadores também foram dispensados, e não poderia ser diferente. Alguns contratados não corresponderam tecnicamente, muito fracos, sem condições até para um time mediado.

Novo técnico e um ou outro jogador chegam para tentar salvar o Uberlândia do rebaixamento. A suspensão do campeonato por algum tempo, é ótimo para o Uberlândia Esporte. Aliás, para a maioria dos clubes. Com novo comando técnico e jogadores, provavelmente todos de melhor potencial técnico, haverá tempo para refazer o time, e, ao voltar, ter condições para mostrar uma recuperação e se manter na elite, pelo menos. Tomara que ontem mesmo tenha acontecido alguma coisa de positivo na partida contra o Boa, se é que o jogo aconteceu.

O certo é que o Uberlândia Esporte Clube não merece estar no Módulo-II do Campeonato Mineiro no ano do seu centenário – 2022.


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