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09/02/2021 às 08h00min - Atualizada em 09/02/2021 às 08h00min

Reeleito no CPB, Mizael toma posse

ALBERTO GOMIDE
Divulgação
O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, e o diretor técnico, o uberlandense Alberto Martins da Costa, durante encontro internacional do IPC (Comitê Paralímpico Internacional), em Madri, na Espanha.
 
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) começa os trabalhos da temporada ainda este mês. O presidente Mizael Conrado confirmou sua reeleição para a gestão 2021-2025, em Assembleia Geral Ordinária de Eleição realizada no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Para trabalhar a seu lado, foi eleito para vice-presidência o ex-atleta do atletismo Yohansson Nascimento e, para presidir o conselho fiscal da entidade, foi eleita a nadadora Edênia Garcia. Esta é primeira vez na história do movimento paralímpico no Brasil que a diretoria é formada somente por atletas medalhistas.

A posse da nova diretoria aconteceu semana passada, quando o presidente reeleito se manifestou assim: “Agradeço por mais esse voto de confiança que recebemos, além de ser mais uma demonstração da aprovação que temos da nossa gestão. Continuaremos com grandes desafios e ainda mais responsabilidades de promover o acesso de todos ao esporte paralímpico”, afirmou o paulista Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco nos Jogos de Atenas 2004 e Pequim 2008, além de ter sido considerado o melhor jogador do mundo da modalidade em 1998.

Entre os dirigentes do CPB que seguem com a diretoria reeleita está o professor Alberto Martins da Costa, que é de Uberlândia, e ocupa a função de coordenador técnico do Comitê. Alberto Martins é um dos maiores nomes do paradesporto brasileiro, com relevante folha de serviços prestados ao setor. Esteve inclusive à frente da delegação brasileira em três Paralimpíadas: Sydney em 2000, Atenas em 2004 e Pequim em 2008.
 
ANDE FOI CRIADA EM 1975 E O CPB EM 1995
 
Acredite se quiser, a ANDE foi pensada nas alturas: no avião que trazia a delegação brasileira dos Jogos Internacionais do México. Um grupo de amigos, atletas, dirigentes e técnicos apoiou a ideia visionária do professor Aldo Miccolis e, no dia 18 de agosto de 1975, criou a Associação Nacional de Desporto para Excepcionais (ANDE). Foi ela quem fomentou o embrião do futuro Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), criado somente em 1995.

O objetivo, na época, era agregar os desportos praticados por todas as áreas de deficiência. De lá para cá, muita coisa mudou e, agora, cada área ganhou especificações diferentes, assim como as modalidades. Coube a ANDE, fomentar e desenvolver o desporto para pessoas com paralisia cerebral.

O professor Aldo Miccolis (fundador da ANDE) participou diretamente da criação da ANDE, em 1975. Mas, a sua relação com o movimento paralímpico começou em 1958, quando ele era técnico de basquetebol em cadeira de rodas e percorria o país divulgando o esporte e o direito a cidadania no Brasil. Ao longo de sua vida, ele se mostrou um grande incentivador da prática esportiva de pessoas com deficiência e foi presidente da Associação por 25 anos. O professor Aldo Miccolis foi eleito em 2005 Presidente de Honra do Comitê Paralímpico Brasileiro, mas se sentia orgulhoso quando o chamavam de Embaixador do Desporto Paralímpico.

Na atualidade, a exemplo de praticamente todos os seguimentos, o paradesporto brasileiro também está sofrendo consequência com a pandemia. O adiamento da Paralimpíada, que seria no ano passado, provocou uma série de transtornos, principalmente na preparação dos atletas. Todo um trabalho que estava sendo feito para a reta de chegada da competição, foi considerado como perdido, além do psicológico dos atletas.

Apesar de confirmados, os Jogos Paralímpicos no segundo semestre de 2021 ainda correm o risco de sofrer novo adiamento. Vai depender de como estará a situação da saúde mundial até lá. Por enquanto, o governo japonês e o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) confirmam a realização dos Paralimpíadas entre 24 de agosto e 5 de setembro.


Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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