Na quarta-feira, o Fluminense bateu o Flamengo nos pênaltis no Campeonato Carioca. O que vale é o título, mas foi um jogo horripilante, um time entrou pra perder de pouco, outro irreconhecível.
De um lado, a briga para quem transmitia. De outro, o recorde de transmissão. Pelo sorteio o Fluminense levou a melhor. Na justiça, o Flamengo tentou levar a melhor.
De um lado, o mais querido do Brasil. Do outro, a rejeição. Aliás, o Flamengo até anos atrás era motivo de chacota, hoje por diversas ações positivas o clube se vê no domínio do Futebol Brasileiro e Sul-americano. O Flamengo de hoje tem equilíbrio entre tantas coisas que se tornou e tornará ainda mais e mais referência.
Ajuste fiscal, marketing, títulos, vendas de produtos, estádio cheio, tudo isso é de dar inveja. E óbvio que o clubismo não fará aos fanáticos dar o braço a torcer, no entanto o Flamengo erra quando se porta de maneira soberana sem atender as demandas da sua primeira identidade, da sua própria raiz.
Isso aconteceu com Neymar, a onda de rejeição ao seu comportamento ganhou proporções planetárias e como resultado já ficou fora de finais na premiação da FIFA em 2018, lembram?
Isso aconteceu com Cristiano Ronaldo e Sala, que no mesmo 2018 perderam a eleição de melhor jogador do mundo para Modric, Deus me livre.
O principal erro da rejeição é não se comunicar, o Flamengo não fala, não se comunica mais com a raiz e com as massas que são seu suporte e audiência.
Neymar, por exemplo, não aceita críticas, sua defesa é sempre o silêncio, como fez o Flamengo na última semana. Não estamos falando de coitadismo, mas de maturidade.
O Flamengo está perdendo uma chance grandiosa de modelar, formatar, gerir um modelo. Ser respostas ao futebol dentro e fora de campo.
Os regulamentos dão liberdade para muitas ações, mas muitas delas não se encaixam em medidas de marketing. Nada impedia o Flamengo de recorrer a um direito de transmissão que já havia sido dado por também regulamento ao Fluminense.
Nada impediu Modric ser eleito melhor do mundo, visto que é votação, mas o futebol perdeu. Como Neymar perdeu a autoridade quando pediu a prioridade de bater pênaltis no PSG com Cavani.
Modric, Flamengo, Neymar são de tamanhos imensuráveis, principalmente quando falamos de empatia, fãs e muita referência.
Talvez o Flamengo será antipatizado por ser gigante, como Modric é inexplicavelmente melhor do mundo de 2018, e Neymar criou a fama de arrogante, imaturo e caí caí.
Se eu pudesse dar um conselho ao Modric diria, amigo, você chegou no topo, agora respira e curte a vida.
Se eu pudesse dar um conselho ao Neymar, eu falaria, Neymar joga bola, em dezembro vem ser feliz no calor do Rio de Janeiro.
Para o Flamengo eu pediria aos diretores pensarem bem. O Flamengo é maior que todas as burradas de vocês. Com ou sem Jorge Jesus. Com ou sem Zico, com ou sem título.
Paixão Futebol
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