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10/06/2020 às 10h19min - Atualizada em 10/06/2020 às 10h19min

Os números são alarmantes

ADRIANO SANTOS
Ei, calma, o assunto não é política. Os mais afetados pela atual crise é o esporte. A pandemia chegou e como já falamos em textos anteriores pegou muita gente de surpresa.

O Esporte ainda muito afetado, mas vamos lá. O Brasil é 5° País mais sedentário do mundo, com cerca de 47% das pessoas inativas, e os especialistas em terror e desinformação insiste em atribuir atividade física ao grupo de lazer e não de saúde.

Segundo pesquisas da UFMG, publicada no site da mesma, metade das pessoas que tinham problemas de coluna sofreram aumento da dor. No grupo que não tinha problema com a dor nas costas, 40% começaram a ter dores habituais por diversas mudanças provocadas pela pandemia.

Na pesquisa, apenas 13% dos brasileiros conseguiram se manter na prática de atividade física diária, comparado em momentos anteriores 30% das pessoas praticavam exercícios.

Em relação aos fumantes, 23% aumentaram cerca de 10 cigarros o consumo diário, 18% começaram a usar mais álcool que antes da pandemia.

Entre os entrevistados de 18 a 29 anos, mulheres e jovens estão sofrendo mais: 70% disseram ter sentido ansiedade e nervosismo. Do público feminino, 50% das entrevistadas disseram ter sentido tristes e deprimidas durante o isolamento social.

Após esses dados, não tem nenhuma discussão sobre tais fatos na rede pública de saúde, nem Municipal, nem Estadual, nem Federal.

Prevenção a todos esses dados está seguramente em diversas pesquisas atenuantes ao esporte, é um consenso ao entre profissionais de saúde.

Entres as descobertas recentes está o fato de caminhar, correr, pedalar, fatores ligados diretamente a capacidade neurológica saudável.

Em tempos de pandemia, qual a ferramenta proposta para a prática de exercícios? Condenar escolas de esportes? Academias? Profissionais de saúde que eu chamo de professores de educação física.

O sedentarismo é responsável, segundo a OMS, por 2 milhões de mortes todo ano. O impacto disso aos diabéticos, obesos, doenças cardiovasculares e hipertensão em tempos como o nosso é alarmante.

Ficou notório que a Covid-19 mata mais quem tem complexidades, comorbidades e o que o governo tem feito com relação a isso? Quais políticas públicas a tudo isso?

É desconhecimento, é alarmante a falta de gestão pública quando se fala em esporte, saúde e lazer.

Quantas mortes poderiam ser evitadas se tudo isso fosse investido há um ano antes? Há dois anos? Há três ano?

Lamentável estarmos hoje vendo velórios de ausência de investimento de políticas públicas!
 
Até quando?



O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.


 
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