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23/05/2020 às 10h00min - Atualizada em 23/05/2020 às 10h00min

Os ídolos, onde estão?

ADRIANO SANTOS
É muito comum na infância os ídolos moldarem os nossos comportamentos, são gestos, ações, meios que nos inspiram de alguma maneira.

Os ídolos tem uma força imensa em muitas gerações, na fase adulta aquilo se torna referência. Personalidade, desenvolvimento, sucesso, cabelo, tênis, consumo, e muito mais.

A cada ano que passa nós temos a necessidade de termos ídolos, as gerações futuras vão descobrindo pessoas e formas. No esporte não é diferente, talvez poucos no Brasil tiveram a consciência do que representavam.

Representar e inspirar pessoas é de certa forma não somente transmissão de aspectos vitoriosos mas momentos de dor, superação etc.

Talvez as personalidades vão existindo por valores e vitórias individuais; Neymar, Cesar Cielo, Bernardinho, Ronaldo, Gabigol, Pelé, Romário, Oscar, Zico dentre tantos nomes.

Porém poucas pessoas tem modelos a seguir, gerações atuais encontram um País dividido, de opiniões extremistas para ambos os lados e ausência de ídolos.

Ídolos, sólidos, impecáveis, implacáveis, seres humanos e fonte de inspiração.
Talvez o Ayrton Senna, mas será que alguém com 15, 20, 30 anos tem a noção de quem foi Ayrton Senna?

Alguém que dedicou-se, transbordava em bons exemplos, não teve polêmicas pessoais que lhe trouxe desabonos, não foi personagem que usurpou da clarividência de ídolo, não desapontou as manhãs da fórmula 1. Alguém que dedicou-se e com seriedade levou com muita competência sua imagem, sua profissão, sua posição.

Os ídolos do esporte nacional, não trazem bons exemplos, estão sempre envolvidos com seus excessos e os seus objetivos no desporto ficam em segundo plano.

O goleiro Bruno, a dificuldade que Neymar tem com a sua liberdade, Ronaldo, agora mais recente gaúcho, as falas do Oscar, a falta de efetividade de tantos outros na promoção de caminhos e exemplos.

Kobe Bryant se foi dias atrás e deixou um legado de disciplina e respeito a Performa.
Talvez no futebol, os péssimos exemplos que muitos dão tem produzidos um geração cada vez mais improdutiva, incapaz de perceber os valores do esporte.

Muitos que deveriam ser ídolos se confundem com o "poder" que existe na função do que fazem, aliás ninguém saberia quem é Gabriel Medina se não fosse o surfe, ninguém saberia quem é Felipe Massa se não fosse o automobilismo, ninguém saberia quem é Guga se não fosse o tênis.

Muitos que deveriam ser ídolos se cercam dos poderes que ser o "ídolo" trás, os excessos, a proteção midiática, regalias, se embebedam de mentiras e não são modelos a serem seguidos.

Somos carentes de ídolos acessíveis, dotados de humildade e com valores e princípios a serem copiados.

Os ídolos estão em falta.
Paixão Futebol. 



Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.


 
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