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08/05/2020 às 11h16min - Atualizada em 08/05/2020 às 11h16min

“VAR” pode ser banido do futebol

ALBERTO GOMIDE
A volta do futebol no Brasil deve ser seguida de diversas restrições e novidades. Uma delas pode estar relacionada ao uso do VAR. Em um primeiro momento, a tecnologia do árbitro de vídeo pode ser deixada de lado nas competições nacionais. Enquanto que na Europa discute-se a não utilização do VAR por questões de saúde, no Brasil outro problema surge como impedimento para que o auxílio tecnológico seja usado: a questão financeira dos clubes. O custo do árbitro de vídeo nas 38 rodadas do Brasileirão é de R$ 19 milhões. Deste total, a CBF arca com R$ 12 milhões e o restante é dividido entre os clubes, o que gera uma despesa de R$ 350 mil para cada um dos 20 clubes da Série A. Para o jornalista Marcelo Rizzo, este gasto seria inviável para os clubes a partir do momento que o futebol for retomado. A princípio, os jogos devem ser com portões fechados, o que reduz (e muito) a receita dos clubes. Dificilmente a CBF arcaria com 100% dos custos do árbitro de vídeo e que a ideia da entidade, no momento, é cortar gastos. Assim como na Europa, a preocupação com a saúde dos árbitros deve pesar na decisão. A não utilização do VAR não deve afetar o Campeonato Paulista, já que a Federação Paulista de Futebol já pagou pelo uso da tecnologia na fase de mata-mata da competição, que não tem data para voltar. A verdade é que o VAR pode ser sacrificado num primeiro momento quando o futebol retornar também no Brasil. A Europa já discute abertamente que pode ser inviável usar o árbitro de vídeo na retomada após a paralisação por causa da pandemia do novo coronavírus, pela segurança dos profissionais que ficam confinados em cabines fechadas. No Brasil, porém, há outro problema, o financeiro. O modelo adotado para financiar o VAR no Brasil custa caro, principalmente para os clubes.
 
ESTÁDIOS PARA A COPA DO MUNDO DE 2022
 
O Catar continua construindo os estádios e a infraestrutura para a Copa do Mundo de 2022, afirmando respeitar as regras de distanciamento social para limitar os riscos de propagação do coronavírus entre os operários, em sua maior parte estrangeiros, constataram jornalistas da AFP. Dezenas de operários vestidos de azul e com os rostos cobertos com um tecido improvisado trabalham no “esqueleto” do estádio de Lusail, que sediará a final da próxima Copa. Todos mantêm certa distância um do outro nas obras da construção do recinto, que será o maior estádio do país, com capacidade para 80.000 pessoas. O comitê encarregado da organização da Copa afirma em comunicado que "reexamina a situação da maneira contínua e que está disposto a tomar as medidas necessárias para proteger a saúde e a segurança de todos os operários e funcionários".
 
UEFA CONFIRMA ADIAMENTO DE EUROCOPAS
 
A Eurocopa feminina de futebol, inicialmente prevista para 2021, foi adiada para julho de 2022 para evitar coincidir com a masculina, que seria disputada em 2020 e foi adiada em um ano devido à pandemia do coronavírus, decidiu a Uefa, confirmando a Inglaterra como país-sede. O comitê executivo da Uefa, "confirmou o adiamento da Eurocopa feminina de 2021", que será disputada na Inglaterra entre 6 e 31 de julho de 2022. A ideia é usar "os mesmos estádios que os escolhidos originalmente", completou a Uefa. "Quando decidimos com urgência pelo adiamento da Eurocopa 2020 masculina (adiada para 2021), tínhamos em mente o impacto desta decisão sobre a Eurocopa 2021 feminina", explicou o presidente da Uefa, o esloveno Alexander Ceferin. A última Eurocopa feminina, disputada em 2017, foi vencida pela Holanda, que jogava em casa e derrotou a Dinamarca na final. O certo é que o esporte por toda parte no mundo levará anos para refazer o desastre deixado pelo coronavírus. Até os Jogos Olímpicos foram adiados, causando uma série de problemas a todos os países, principalmente ao sediante da maior competição esportiva do planeta.


Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia


 
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