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24/08/2019 às 07h30min - Atualizada em 24/08/2019 às 07h30min

Sobre cães e gentes

JOÃO BOSCO

O meu filho viajou e deixou, na casa dele, um casal de chow chow para a minha esposa cuidar. Numa tarde, fui lá com ela e adentrei o quintal. Eu, que imaginava ser eles bebezões de pelúcia de línguas azuis, subestimei-os. Fui atacado pelo macho. Ele meteu as patas dianteiras no meu peito, aproximou o focinho da minha jugular e pôs-se a rosnar nervoso com a serralha exposta. Sentia a saliva quente dele na minha face. Sim, o cão é de porte grande e eu, pequeno. Fiquei inerte. Não sei quantas vezes falei: Calma, Bruce! Calma, Bruce...! Arrisquei um pulinho para trás. Ele ficou de quatro no chão o tempo suficiente para repetir o ataque. O meu “Calma, Bruce” já se esvaía e o terror já me invadia. Do nada ele desistiu e eu — ufa! — feito foguete alcancei o portão. Situação de ataque idêntica já havia acontecido comigo, mas, naquela ocasião, o cachorro era racional. Feito cachorrinho enfiei o rabo no meio das pernas e fui embora. Cara! O cachorro era grande demais — eu ia apanhar feio. Tem desdobramento, amanhã conto mais.

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

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