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09/10/2024 às 08h40min - Atualizada em 09/10/2024 às 08h40min

Organização criminosa que comercializava cigarros falsos é alvo de operação em Uberlândia e Uberaba

Receita Federal cumpre mandados nas cidades na manhã desta quarta-feira (9)

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Investigações apontam que quadrilha comprava insumos para fabricação clandestina de cigarros I Foto: Receita Federal/Divulgação

A Receita Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (9), diversos mandados de busca e apreensão nas cidades de Uberlândia e Uberaba. Os mandados são cumpridos em decorrência da "Operação Sinal de Fumaça", que tem o objetivo de combater uma organização criminosa suspeita de comércio irregular de cigarros falsificados e indícios de fabricação clandestina, em práticas fraudulentas evidentes visando a sonegação fiscal.

As investigações da Receita Federal apontam para uma organização criminosa com sede em Uberaba e filial em Uberlândia, que estaria comercializando cigarros falsos, além de estar adquirindo insumos que indicam uma possível fabricação clandestina dos itens.

De acordo com a Receita, a organização possui em sua estrutura uma fabricante de cigarros com sede no estado de Pernambuco, que estaria sendo utilizada para dar aparência de legalidade à produção clandestina de cigarros. Participaram da operação 25 auditores e analistas da Receita Federal, 70 policiais federais em 10 locais de Uberlândia e Uberaba.

NICOTINA FALSA
Uma outra operação também foi deflagrada pela Receita Federal na manhã desta quarta. A "Operação Nicotina Falsa" também cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em cidades do Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Somando as duas ações, são dois mandados de prisão e 41 de busca e apreensão apenas neste dia.

A operação também tem relação com a distribuição de cigarros falsificados e a sonegação fiscal através da omissão de compras e vendas. A organização vendia os cigarros falsificados sem a emissão de documentos fiscais. Dessa forma, o grupo criminoso fazia o uso de notas fiscais de remessa para venda fora do estabelecimento, que eram canceladas após a entrega das mercadorias aos clientes.


Para a omissão de compras, a quadrilha se utilizava da emissão de documentos fiscais com o mesmo tipo de operação. Neste caso, porém, os veículos saíam vazios de suas instalações, coletavam a mercadoria comprada e, ao retornar, uma nota fiscal de retorno era emitida, como se nada tivesse sido vendido. 

Estima-se que 47% das notas fiscais emitidas pelas empresas que compõem a organização criminosa foram canceladas entre 2020 e 2024, perfazendo um total de R$ 20,5 milhões. Uma das empresas investigadas chegou a ter, individualmente considerada, 60% de suas notas fiscais canceladas. 


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