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02/10/2024 às 18h00min - Atualizada em 02/10/2024 às 18h00min

Mulheres ocuparam 89% das vagas de emprego abertas em Uberlândia no mês de agosto

Cidade registrou 643 novos postos de trabalhos; setor de serviços lidera contratações

JUAN MADEIRA | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
O setor de Serviços foi o principal responsável pela geração de empregos formais em agosto | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Uberlândia encerrou o mês de agosto de 2024 com saldo positivo de 643 novos postos de trabalho, de acordo com dados do Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ao longo do mês, foram registradas 12.774 admissões e 12.131 desligamentos. As mulheres ocuparam 89% das vagas abertas durante o período. 

 

O levantamento do Caged mostra ainda que o saldo de agosto foi superior em comparação ao de 2023, quando a cidade havia registrado 242 novos empregos. O acumulado de janeiro a agosto de 2024 também é positivo, com 6.285 novos empregos formais na cidade. 

 

O setor de Serviços foi o principal responsável pela geração de empregos formais em agosto, com a criação de 334 novas vagas. A Indústria e o Comércio também registraram saldos positivos, com 233 e 184 novos postos, respectivamente. Por outro lado, setores como a Agropecuária (-96) e a Construção (-12) apresentaram quedas no número de vagas formais.

 

Em entrevista ao Diário, o economista Marcos Godoi, do Centro de Pesquisas Socioeconômicas (Cepes), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), comentou que a alta no setor de serviços é significativa, principalmente após o desempenho negativo observado em julho. “No mês passado, o setor de Serviços foi o que mais demitiu. Em agosto, houve uma reversão, tornando-se o setor com mais contratações”. 

 

Godoi também apontou uma possível tendência de terceirização no mercado de trabalho da cidade, baseada nos dados analisados. “Quando cruzamos os dados do setor de serviços com o porte da empresa, vemos que grandes empresas estão demitindo, enquanto as micro e pequenas estão contratando. Isso pode indicar que as grandes corporações estão repassando parte de suas atividades para empresas menores”.

 

PERFIL

Em relação ao perfil dos novos contratados, as mulheres ocuparam 576 vagas, enquanto os homens foram selecionados para 67 postos de trabalho. Conforme dito por Marcos Godoi, esse movimento se destacou pela escolaridade das trabalhadoras contratadas. 

 

“Normalmente, os cargos exigem ensino médio completo, mas, em agosto, houve mais contratações de mulheres com ensino fundamental completo, superando o médio”, explicou o economista. 

 

A geração de empregos em agosto foi mais expressiva entre jovens de 18 a 24 anos de idade, faixa etária que teve saldo positivo de 303 novos postos de trabalho. “Uberlândia apresenta um padrão inverso ao observado no restante do país, onde as contratações tendem a se concentrar em trabalhadores mais experientes. Entre 25 e 29 anos, por exemplo, houve uma baixa no número de admissões”, complementou.

 

A distribuição dos empregos por faixa etária mostra que, além dos jovens, houve geração de vagas para trabalhadores com menos de 17 anos (239) e para aqueles entre 40 e 49 anos (105). Por outro lado, as faixas de 30 a 39 anos e de 60 anos ou mais registraram saldos negativos, com -20 e -60, respectivamente. 


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