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20/06/2024 às 14h44min - Atualizada em 20/06/2024 às 14h44min

Polícia investiga desvio de R$ 630 mil de escola estadual em Uberlândia

Suspeita é que transferências foram feitas pela diretora da unidade, que alegou ter sido vítima de fraude

REDAÇÃO | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA

A Polícia Civil investiga um desvio de mais de R$ 630 mil da Escola Estadual Enéias Vasconcelos, em Uberlândia. A suspeita é que as transferências bancárias tenham sido realizadas pela diretora da unidade, que foi exonerada do cargo. 

 

Segundo informações do boletim de ocorrência, a diretora da escola procurou a Polícia Militar (PM) em abril deste ano e relatou que havia sido vítima de um golpe. Conforme dito pela servidora, ela perdeu R$ 346 mil de contas bancárias pessoais e R$ 634,3 mil da conta jurídica da escola.

 

A mulher relatou aos policiais que um grupo de estelionatários entrou em contato com a escola em março de 2023. Na época, uma suposta agência ofereceu serviços de publicidade à unidade de educação. A diretora contratou os serviços e firmou o valor de R$ 350 por mês.

 

Pouco tempo depois, ela alegou que recebeu outra ligação, através do telefone fixo da escola, de uma mulher que dizia ser representante de um suposto Cartório de Precatórios e Protestos. Essa mulher teria informado à diretora sobre uma dívida relacionada à contratação dos serviços publicitários e que seria necessário pagar uma taxa de distrato. Diante da situação, a servidora afirmou que utilizou uma conta pessoal e transferiu R$ 2.520,00 via pix. 

 

Após realizar o pagamento, a diretora disse que a falsa empresa voltou a entrar em contato com ela, dizendo que o departamento jurídico não havia recebido os documentos necessários para a iniciação do contrato. Para resolver a situação, a servidora afirmou que pagou mais R$ 4 mil, retirados de sua conta pessoal.

 

Ainda de acordo com o boletim, a diretora disse que voltou a receber diversos telefonemas ao longo do ano para pagar taxas judiciais e que começou a utilizar os recursos da escola para fazer as transferências. Conforme dito por ela, a suspeita de fraude aconteceu em dezembro de 2023, quando ela entrou em contato com o Banco Central e com o Fórum da Comarca de São Paulo e foi informada de que as cobranças eram duvidosas.

 

Diante do ocorrido, a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a suposta fraude e o desvio dos recursos da unidade escolar. 

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EXONERAÇÃO

Segundo a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG), a diretora da escola foi exonerada do cargo no dia 10 de maio. “A Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Uberlândia, assim que ficou ciente do ocorrido, enviou a equipe do Serviço de Inspeção até a unidade escolar, para apurar informações e levantar dados para o relatório de inspeção”. 

 

Ainda de acordo com a SEE-MG, o caso também está sendo auditado pela Controladoria Setorial para tomada das medidas administrativas cabíveis. “A SEE-MG destaca que não tolera quaisquer desvios de conduta por parte de seus servidores, os quais são investigados com rigor, respeitando os princípios da ampla defesa e do contraditório, que são garantidos por Lei. O caso também está sob a investigação dos órgãos competentes. 

 

O Diário de Uberlândia tenta contato com a servidora para solicitar um posicionamento sobre a situação. 


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