Autoridades destacam a importância do monitoramento familiar e da comunicação com a polícia | Foto: Agência BrasilDados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que Uberlândia contabilizou 386 registros de pessoas desaparecidas em 2023, sendo uma média de um caso por dia. Entre janeiro e março deste ano, a cidade teve 69 ocorrências de desaparecimentos, uma queda de quase 30% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando 98 casos foram registrados na cidade.
Ainda de acordo com o levantamento, 277 pessoas declaradas desaparecidas foram encontradas no ano passado. Em 2024, de janeiro a abril, 87 pessoas foram localizadas. Os dados da Sejusp não revelam se as vítimas foram encontradas com vida ou não.
As estatísticas do Relatório de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil de Minas Gerais indicam o perfil dos desaparecidos, dos quais 32,42% são mulheres, 63,5% são homens e 2% são pessoas LGBTQIAPN+. A maioria dos desaparecidos são adultos, representando 70,97%, seguido por adolescentes (21,04%), idosos (6,5%) e crianças (1,50%).
Em entrevista ao Diário, o delegado-chefe da Polícia Civil, Marcos Tadeu, destacou que os desaparecimentos geralmente envolvem pessoas mais jovens em contextos de violência doméstica, incluindo abuso sexual, e também pessoas idosas com transtornos mentais, que podem sair sem rumo e se perder, sem conseguir voltar para casa.
Conforme dito pelo oficial, não é necessário esperar 24 horas para acionar as autoridades. A comunicação do desaparecimento pode ser feita pelo 190 da Polícia Militar (PM) ou pela Delegacia Virtual, através do site ou pelo aplicativo MG-APP, disponível em todas as lojas de apps.
“É importante procurar a polícia imediatamente. Não existe aquilo de ter que esperar 24 horas. Caso aconteça uma quebra na rotina de alguma pessoa próxima e perceberem algo estranho, podem comunicar à polícia”.
O oficial destacou a importância de fornecer informações detalhadas ao registrar um desaparecimento. Portanto, ao comunicar à polícia, é essencial levar uma foto impressa, informar a roupa que a pessoa estava usando, comunicar se ela tem alguma deficiência e descrever a rotina do desaparecido. “Também é importante autorizar a inclusão dessa pessoa no cadastro nacional de pessoas desaparecidas. E caso a pessoa seja encontrada, é fundamental comunicar à polícia”.
ORIENTAÇÕES
Para evitar ocorrências de desaparecimento de pessoas, existem algumas dicas que podem ajudar pais e familiares de crianças, adolescentes e idosos.
Em relação às crianças, é importante não deixá-las sem acompanhamento direto de um adulto, ainda que seja em local próximo à residência, além de orientá-las a não conversarem com estranhos nem aceitarem presentes de pessoas desconhecidas. Outra dica é monitorar aparelhos como celulares, computadores e tablets.
Já em relação aos adolescentes, alguns desaparecimentos podem estar relacionados a conflitos familiares e, com isso, é importante sempre manter diálogo aberto, inclusive sobre assuntos normalmente tratados como tabu, tais como sexualidade, drogas, álcool, além de ficar atento a qualquer mudança incomum de comportamento ou atitude.
Para os idosos, caso haja alguma condição que afete a memória, evitar deixá-lo sair sozinho, insistir que guarde, sempre consigo, um documento e anotação com endereço e telefone de algum familiar ou responsável.
Nos casos em que o idoso tenha perda de memória mais severa, é aconselhável providenciar uma pulseira, ou outra forma de identificação contendo seu nome e o telefone de algum familiar para contato.
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
VEJA TAMBÉM:
