O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apresentou uma nova denúncia contra a ex-vereadora Pâmela Volp por envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro e extorsão. Segundo informações, ela teria movimentado joias avaliadas em mais de R$ 300 mil.
A denúncia também inclui Maria de Lourdes Cândida Pires, de nome social Marlon Francisco Pires, também detida no Presídio Professor Jacy de Assis. De acordo com as investigações do Gaeco, os denunciados estavam associados a Edson Carvalho Ferreira e Virgínia Beatriz Rodrigues Rocha, que teriam movimentado, guardado e mantido em depósito parte do patrimônio pertencente a Pâmela Volp. O patrimônio total incluía 66 peças em ouro, 14 colares, nove pulseiras, sete anéis, 17 pingentes, além de sete pedras preciosas de cor roxa, oito amarelas e dois relógios, totalizando um valor estimado em R$ 313,4 mil.
A denúncia do MPE alega que a organização criminosa era liderada por Pâmela Volp, voltada à exploração sexual de travestis e extorsões, com quase três décadas de atuação na região do Triângulo Mineiro. A "Operação Libertas", deflagrada em 2021, resultou na busca e apreensão desses bens ilícitos no imóvel, em Uberlândia.
Durante a operação, foi revelada a tentativa de preservação do patrimônio por parte de Pâmela Volp, envolvendo seu advogado Edson Carvalho Ferreira e Marlon. Edson, cumprindo ordens da ex-vereadora, ocultou as joias em um melão na cozinha, como forma de evitar a apreensão.
Posteriormente, as joias foram transferidas para o imóvel do advogado e, em seguida, para a casa de Virgínia Beatriz Rodrigues Rocha, irmã de Pâmela Volp. Ainda em novembro do ano passado, Virgínia entregou colares, pulseiras e pingentes ao MPE, durante uma oitiva realizada em Tupaciguara (MG).
O Diário entrou em contato com a defesa de Pâmela Volp e aguarda retorno.
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
VEJA TAMBÉM:
• Joias de Pâmela Volp são apreendidas em Tupaciguara