455 deve passar por adequações após edital de obras: Foto: Cristiano Machado/Imprensa MGAs más condições em rodovias que cortam Uberlândia e região foram apontadas por uma pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT), divulgada na última segunda-feira (15). Os resultados do estudo, denominado Radar do Transporte, revelam que a rodovia MGC-455, que interliga Uberlândia a Campo Florido, foi classificada como a via mais problemática.
Conforme indicado pelo levantamento, entre os principais problemas da MGC-455 estão grandes buracos e erosões. Ainda de acordo com a avaliação da CNT, outras rodovias que passam por Uberlândia, como as BRs 452 e 365 também oferecem obstáculos aos motoristas (confira a tabela no fim da matéria).
NOVO ESTUDO, MESMOS PROBLEMAS
Em dezembro do ano passado, o Diário já havia abordado o tema, mostrando um outro estudo da CNT que indicava como ruins ou regulares as condições das rodovias da região. Os quesitos analisados neste levantamento incluem quedas de barreiras, erosões nas pistas, buracos e pontes caídas.
Na época, o engenheiro civil Rogério Lemos explicou que os pontos analisados são importantes para que se avalie a segurança dos motoristas nas estradas. “A qualidade da rodovia está diretamente relacionada à segurança do usuário. Então, se você tem vias bem mantidas, com sinalização adequada, boa pavimentação e geometria, ela contribui para a prevenção ou a redução da gravidade de acidentes, contribuindo para o resguardo dos motoristas”.
Para o profissional, a geometria é o principal fator de influência na dirigibilidade em rodovias. “Este aspecto inclui o desenho das curvas, tamanho das retas, largura das pistas e até mesmo a inclinação da estrada. Uma via com curvas suaves e boas condições de visibilidade costuma ser mais segura do que uma com contornos fechados e mal planejados”, disse.
O QUE DIZ O DER-MG
Em relação à MGC-455, o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG) informou que já possui um planejamento para pavimentar aproximadamente 20 km da via, na seção identificada com condições precárias.
“A execução deste serviço precisa passar por processo licitatório e deve custar aos cofres públicos um valor aproximado de R$45 milhões”, informou o órgão oficial. Veja o que mais disse o órgão:
“O DER-MG monitora, de forma constante, as condições de tráfego das rodovias estaduais. Com o Provias, maior pacote de obras rodoviárias da última década, 55 trechos já estão concluídos, o que representa mais de 1.400 quilômetros de rodovias recuperadas e pavimentadas, com investimento superior a R$900 milhões. Atualmente, outros 33 empreendimentos seguem em andamento em várias regiões do Estado.
No monitoramento da malha rodoviária estadual sob a responsabilidade do DER-MG, para cada situação identificada - como erosão, barreira e ponto crítico - são tomadas, de imediato, medidas de segurança para orientação dos motoristas, com a sinalização da rodovia. Dependendo da complexidade de cada caso, são elaborados estudos, projetos de engenharia e levantamento dos custos para a recuperação da pista.
Em relação à MG-455, o DER-MG irá programar uma visita técnica ao trecho” .
SITUAÇÃO NO ESTADO
As condições registradas nas estradas de Uberlândia e seus arredores são similares às demais regiões do estado. De acordo com o levantamento da CNT, Minas Gerais foi identificado como o estado com o maior número de pontos críticos em suas rodovias. Com uma repetição de 2 pontos críticos por 100 quilômetros, ao percorrer as rodovias, os usuários encontram, em média, um ponto crítico a cada 44 quilômetros.
No entanto, na realidade, a distribuição desses pontos críticos não ocorre uniformemente ao longo da malha rodoviária; ao contrário, eles se concentram em trechos específicos, conforme apontado pela confederação.
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BRASIL
Em relação às estradas de todo território nacional, a pesquisa mostra que os três estados que tiveram os maiores números de pontos críticos em termos absolutos, no ano passado, foram Minas Gerais (383), Acre (374) e Maranhão (258).
O levantamento revelou, ainda, que 67,5% das rodovias brasileiras têm condições classificadas como regulares, ruins ou péssimas, enquanto apenas 32,5% foram consideradas boas ou ótimas.
O estudo realizado em 111.502 quilômetros de estradas pavimentadas - abrangendo trechos federais e estaduais - alertou para os impactos diretos na economia e no meio ambiente decorrentes da baixa qualidade das estradas.
“Estima-se que 1,139 bilhão de litros de diesel sejam consumidos de forma ineficiente este ano, resultando na emissão de 3,01 milhões de toneladas de gases poluentes na atmosfera”, avaliou o órgão, por meio do Radar do Transporte.
PRINCIPAIS PROBLEMAS DAS RODOVIAS DA REGIÃO:
Arte: Alexandre Barborsa/Diário de Uberlândia
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