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23/11/2023 às 12h20min - Atualizada em 23/11/2023 às 12h20min

Frutas e hortaliças ficam mais caras em Uberlândia, confira variações

População busca alternativas por conta da alta dos preços

JUAN MADEIRA | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Alface, couve-flor e cebola foram os mais impactados na Ceasa | Foto: Arquivo Diário
O preço de frutas e hortaliças teve aumento significativo em Uberlândia em novembro, devido à oferta reduzida. De acordo com dados da Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa), os itens que apresentaram a maior alta são o alface (33%), a couve-flor (42%) e a cebola, que passou de R$3,29 o kg para R$5,42, um acréscimo de 64,7%.
 
Em entrevista ao Diário, o gerente da Ceasa, Cláudio Rodrigues, explica que o aumento se deve a alguns fatores, como o clima. “A safra em Minas Gerais acabou, portanto a cebola está vindo de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Além de ser uma região mais distante, elevando o custo de transporte, as chuvas atrasaram a colheita, diminuindo a oferta - principalmente do produto de melhor qualidade - então o preço ficou mais elevado ainda”, explica.
 
“Da mesma forma, no grupo de hortaliças (frutos), alguns produtos apresentaram variações de preço mais expressivas, a exemplo do jiló, chuchu, abobrinha comum e pepino, com altas registradas, enquanto quiabo e tomate com redução de preço”, acrescentou.
 
O responsável informa que, no geral, os preços para os grupos de raízes e frutas nacionais se mantiveram estáveis, exceto para as folhas verdes, que também estão com a oferta retraída. “O equilíbrio nos preços das hortaliças deve acontecer a partir de março de 2024, onde se aproxima o período de safra para esses produtos”. 
 
REFLEXO PARA O CONSUMIDOR
O consumidor que sai para comprar em sacolões e mercados no fim de ano se depara com estabilidade no preço de alguns produtos como cenoura e vagem. A banana nanica, no entanto, apresentou aumento significativo, passando de R$ 2,25 (kg) para R$ 3,09 (37% de alta). Já outras frutas tiveram acréscimo moderado, como o abacaxi, que teve apenas 3,9% de alteração e o abacate com 1,1%.
 
Cláudio explica que a alta no valor de frutas, como a banana nanica, se deve a maior demanda e outras, como o maracujá, por estarem em entressafra. Estas mudanças nos preços levam os consumidores de Uberlândia a buscarem alternativas durante as compras.
 
A cientista social Vanesca Tomé Paulino, de 50 anos, leva em consideração estabelecimentos que tenham feiras com produtos para consumo imediato, com valor mais acessível. “No fim de ano eu senti a oscilação do preço principalmente de hortaliças. Mas no sacolão que frequento tenho a opção da feirinha com descontos melhores. O produto que está para vencer sai mais em conta. Então você tem essa opção de dois preços: o de durabilidade e o de pouca durabilidade”, conta.


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Já a nutricionista Geovanna Borges, 24, conta que, quando sente o impacto do aumento de preços, busca substituir os alimentos por outros semelhantes. “Recentemente não tenho encontrado kiwi em conta, então procuro trocar por outros quando sei que não está na época de alguma fruta, busco opções mais baratas”.
 
CESTA BÁSICA
O Boletim da Cesta Básica de Alimentos de Uberlândia, divulgado junto ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC-CEPES), indicou que, em outubro, o gasto mensal com a cesta foi de R$ 619,08, um aumento de 1,64% em relação ao mês anterior (R$ 609,11). No acumulado de janeiro a outubro de 2023, a cesta teve uma queda de 10,07%. Com destaques para as altas de preços em produtos como batata (12,27%) e açúcar (5,40%), enquanto o leite apresentou uma variação de -4,49%.
 
Conforme levantamento da Ceasa, a fruta que teve maior alteração de preço de outubro a novembro foi a laranja baianinha, que passou de R$100 (a caixa com 18kg), para R$206. O gerente Cláudio Rodrigues disse que o volume comercializado deste produto é ínfimo, por isso não tem muito destaque. E explica que a elevação se dá pela ausência de produto na região.
 
Em seguida, os produtos com maiores elevações segundo pesquisa da Ceasa são acelga mineira (100%), banana marmelo (77,8%), laranja pera (71,4%), couve-flor grauda (66,7%), abobrinha comum (57,1%).

 
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