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14/11/2023 às 13h40min - Atualizada em 14/11/2023 às 13h40min

Líder de quadrilha que enviava armas para o Complexo da Maré é condenado a quatro anos de prisão; relembre o caso

Grupo criminoso era especializado em receptação, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Wesley é acusado de chefiar uma quadrilha envolvida com tráfico de drogas e de armas de grosso calibre I Foto: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

A Justiça condenou a quatro anos e oito meses de prisão Wesley Gonçalves da Silva, apontado como o líder de uma quadrilha especializada em receptação, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. O criminoso foi alvo de uma investigação movida pela Polícia Federal (PF) em outubro de 2021, após a "Operação Balada" em Uberlândia. Além dele, outros cinco envolvidos no esquema também foram condenados.

Wesley é acusado de chefiar uma quadrilha envolvida com tráfico de drogas e de armas de grosso calibre. As investigações da Polícia Federal à época identificaram que a facção enviava armas para o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. A estimativa é de que o esquema tenha movimentado mais de R$ 2 bilhões em dois anos.

A quadrilha liderada por Wesley operava um esquema estruturado de tráfico de drogas e preparava entorpecentes para comercialização, mediante o emprego de insumos químicos adquiridos por meio de empresas regularmente cadastradas. Em apenas sete meses, foram comprados, no mercado regular, insumos capazes de manipular mais de 11 toneladas de cocaína.

Com relação aos armamentos traficados pelo esquema criminoso, a PF apreendeu, em março de 2020, 
aproximadamente oito fuzis e 14 pistolas em Uberlândia. O armamento comercializado era adquirido no Mato Grosso, encaminhado até a cidade, e posteriormente era destinado a grupos do Triângulo Mineiro, especializados no tráfico de drogas e roubos a banco. A destinação era feita até mesmo para outra facção estabelecida no Rio de Janeiro.

 

As investigações apontaram que os investigados usavam veículos especialmente preparados para o transporte de armas, e usavam batedores durante os deslocamentos. Para dissimular a origem criminosa do patrimônio acumulado, a organização usava um esquema de lavagem de dinheiro, com o uso de empresas de fachada e a aquisição de postos de combustíveis, hotéis, fazendas, imóveis, veículos e embarcações de luxo.

OUTROS CONDENADOS
Além do líder da quadrilha, outras cinco pessoas também foram condenadas pelo envolvimento no esquema criminoso. A pena foi assinada pelo juiz de Direito da 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia, João Marcos Luchesi. Dentre eles, estão:

• Edlamon da Silveira Pereira, condenado a três anos de prisão

• Eduardo Vilela de Assis, condenado a três anos de prisão

• Leandro Diogo Naves, condenado a três anos e dez meses de prisão

• Jéssica Marçal Vilela, condenada a três anos de prisão

• Thiago Antônio Martins de Lima, condenado e três anos e dez meses de prisão


O QUE DIZEM OS CITADOS

Por meio de nota, o advogado de defesa de Eduardo Vilela de Assis e Jéssica Marçal Vilela disse que "a sentença condenatória foi proferida em total desacordo com as provas dos autos. Não existem elementos para sustentar uma condenação. O Ministério Público não logrou êxito em comprovar a participação dos defendidos dentro da suposta organização criminosa. Foi concedido aos réus o direito de recorrer em liberdade. O recurso de apelação será interposto no prazo legal", informou.

A produção do Diário entrou em contato com as defesas dos demais citados e aguarda retorno. 


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