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10/07/2023 às 19h00min - Atualizada em 10/07/2023 às 19h00min

Novas obras de saneamento em Uberlândia custarão R$ 100 milhões

Trabalhos serão realizados nas regiões Sul e Oeste; tarifa de água deve sofrer revisão ainda em 2023

VINÍCIUS LEMOS | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
ETE Uberabinha terá capacidade ampliada em 30% | Foto: Divulgação/Secom/PMU
A Prefeitura de Uberlândia assinou, nesta segunda (10), um contrato de R$ 100 milhões com a Caixa Econômica Federal para a execução de quatro obras de infraestrutura em saneamento básico locais. Serão três coletores de esgoto e uma adutora de água tratada nas regiões Sul e Oeste da cidade. A revisão da tarifa de água também foi um dos assuntos discutidos durante a reunião.

Um dos coletores vai passar próximo à avenida Rondon Pacheco e pelo Centro de Tecelagem, indo até o Rio Uberabinha. Ele terá cerca de 1,6 km, com diâmetros de 900 mm e 1200 mm, e ampliação da capacidade de coleta de esgoto. O segundo também passa pela Zona Sul da cidade e é dividido em dois trechos, sendo um com 7,4 km de extensão e diâmetros entre 800 mm e 1.000 mm, e outro com 4,9 km de extensão e diâmetros entre 900 mm e 1.00 mm no trecho. O terceiro coletor estará na região Oeste próximo ao córrego do Óleo e terá 3,5 km com diâmetro variável de até 1.000mm.

Uma adutora de água tratada também será implantada entre os bairros Santo lnácio e Canaã, interligando o Centro de Reservação Santo Inácio ao Centro de Reservação Canaã, com aproximadamente 3,2 km metros de extensão e diâmetro de 570 mm, além de adequações nas instalações de bombeamento e sistemas elétricos dos Centros de Reservação Santo Inácio e Canaã.

As obras são importantes, segundo o diretor geral do Departamento Municipal de Água e Esgoto, Renato Rezende, pela demanda de moradores e empreendimentos na região, que conta com mais de 20 bairros. “As obras vão viabilizar o desenvolvimento desde da região do São Jorge, Glória, Shopping Park e Chácara Panorama. Viabilizando também o esgoto chegar até e Estação de Tratamento Esgoto Uberabinha. Todo empreendimento que for acontecer tem que ter o certificado de que ele vai ter capacidade de água e esgoto”, disse.

Os valores contratados serão pagos em 120 meses e foram levantados via FINISA, que é o Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento voltado ao Setor Público da Caixa.


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IMPACTO
O impacto final de melhoria da rede é o objetivo, mas a execução dos projetos passa por 23 km de vias urbanas de Uberlândia entre 2023 e 2024, pelo menos. Algo vai necessitar de intervenções no trânsito. De acordo com o presidente da Associação das Empresas de Loteamentos e Desenvolvimento Urbano do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Aelo-TAP), Leandro Cecílio, a entidade esteve ligada aos projetos nos últimos dois anos. 

“Vamos atender a uma demanda que já existe e uma demanda futura de 30 anos. A gente prioriza as áreas que não são urbanizadas para não haver o risco de problema com a população local. Quando a gente precisa passar por alguma via, vai ter problema de trânsito, mas eles são localizados e de rápida solução”, explicou.

ORDENS DE SERVIÇOS
Com residuais da obra do Sistema de Captação de Capim Branco, na ordem de R$ 153,3 milhões, ordens de serviços também foram assinadas nesta segunda, o que viabilizou por exemplo a implantação de uma nova adutora de água tratada interligando o sistema e o Centro de Reservação Alvorada. Isso faz uma ponte entre Capim Branco e a já existente captação do Sucupira.

Outras obras em andamento com os mesmos valores são a nova adutora de água tratada entre Sucupira e o Centro de Reservação São Jorge, novo trecho de adutora entre o São Jorge e Estação de Tratamento de Água Bom Jardim e a reforma e ampliação da ETE Uberabinha, cuja capacidade será incrementada em 30%.

REVISÃO DA TARIFA
Durante a assinatura, o prefeito Odelmo Leão citou que em breve poderá haver a revisão da tarifa de água e esgoto de Uberlândia e que a questão está sendo discutida entre Dmae e Agência de Regulação dos Serviços de Saneamento Básico de Uberlândia (Aresan). 

“É necessário para poder a cidade não parar. O Dmae não dá reajuste real desde 2019, então agora é o momento de se ter uma discussão sobre isso. (A Aresan) foi constituída como determina a Lei Federal e ela que vai examinar, com seus conselhos, o que possível ser feito. O Dmae precisa sobreviver”, disse Leão.

Essa discussão ainda deve se desenrolar por aproximadamente 60 dias. Após a decisão, é preciso aprovação na Câmara de Uberlândia. Existe a previsão de que ainda neste ano a revisão chegue às contas dos moradores.



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