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29/05/2023 às 15h41min - Atualizada em 29/05/2023 às 15h41min

Polícia apreende mais de 2,7 mil quilos de fios e cabos de cobre, em Uberlândia

Materiais foram recolhidos durante operação que visa combater comércio de produtos furtados

LUAN BORGES E SÍLVIO AZEVEDO | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA

A Polícia Militar (PM) apreendeu mais de 2,7 mil quilos de fios e cabos de cobre que estavam sendo vendidos, sem procedência, em estabelecimentos de Uberlândia. Os materiais foram recolhidos durante a Operação Fio Seguro, que visa combater o comércio de produtos furtados.

A força-tarefa foi desencadeada no início do mês de maio com o objetivo de identificar receptadores dos materiais que possivelmente são produtos de crimes. A ação conta com apoio do do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Prefeitura de Uberlândia

Segundo a PM, o aumento de ocorrências de furtos de fios e cabos de cobre na cidade despertou a atenção da corporação e dos outros órgãos envolvidos na ação.  O balanço dos trabalhos da operação foi apresentado na manhã desta segunda-feira (29). 

“É um problema que se espalhou no país. É um crime que não víamos acontecer no passado, mas que agora virou uma febre. Então, a PM, além de intensificar o patrulhamento para prender os autores de furto em flagrante, resolveu desencadear a operação com foco nos receptadores, aquelas empresas que compram esses materiais sem saber a procedência disso. Essa operação foi iniciada em maio e temos conseguido resultados satisfatórios”, disse comandante da 9ª Região de Polícia Militar (9ª RPM), coronel Fernando Reis.

Até o momento, 20 estabelecimentos foram vistoriados no município, resultando em três notificações, sete autos de infração e a apreensão de diversos fios e cabos. Além disso, foram aplicadas multas administrativas de aproximadamente R$ 400 mil. 

“Definimos setores da cidade onde esses furtos acontecem com maior frequência e estamos direcionando as operações para esses locais. Já conseguimos realizar a apreensão de grandes quantidades de fio de cobre sem procedência, locais que foram fechados e, conseguimos olhar tudo, fiscalização do Corpo de Bombeiros, código de postura, vigilância sanitária. As operações vão continuar até porque queremos fazer esse crime reduzir na cidade”.

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DISQUE BEBIDAS
Ainda nesta segunda, a PM divulgou os resultados da Operação Disque Bebida, desencadeada em janeiro deste ano, após uma série de ocorrências registradas em distribuidoras de bebidas alcoólicas na cidade. A ação também conta com o apoio da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Prefeitura. 

“A polícia percebeu o aumento da abertura desse tipo de estabelecimento na cidade e que muitos deles acabam gerando demanda de segurança pública, como perturbação do sossego, infrações de trânsito, e até tráfico de drogas. Nós resolvemos articular essa operação junto com outros órgãos e começamos a fazer um trabalho direcionado àqueles locais que eram alvos de mais reclamações, onde a inteligência da PM identificou que haviam problemas pontuais”, explicou o coronel Fernando Reis.

Desde então, já foram fiscalizados 24 comércios, sendo encontradas irregularidades em 18. Além disso, sete pessoas foram presas e houve apreensão de bebidas com validade vencida, bebidas artesanais sem procedência e apreensão de cigarros eletrônicos e drogas diversas.

“Esses estabelecimentos não podem trabalhar à margem da lei. Nós não estamos generalizando, temos pessoas que trabalham corretamente, cumprem o que a lei determina, mas temos vários locais com problemas e, em razão disso, a operação vai continuar”, reforçou o comandante. 

Ainda em janeiro, o Ministério Público Estadual (MPE) chegou a recomendar a proibição do consumo de bebidas nas distribuidoras, como forma de evitar aglomerações. Contudo, dias depois, o órgão revogou o pedido e, em seguida, publicou uma nova recomendação, desta vez, direcionada ao Município para a criação de uma comissão de estudos multidisciplinares, considerando não apenas posturas ambientais, comerciais, consumeristas e administrativas, mas também políticas públicas destinadas a todos os envolvidos, como os comerciantes, associações de bairros, representantes de movimentos populares, agremiações de idosos e entre outros.



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