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16/12/2022 às 11h19min - Atualizada em 16/12/2022 às 11h19min

Suspeito de comandar bloqueio na BR-050 em Uberlândia é alvo de operação da Polícia Federal

Pedro Ferreira Cherulli e mais três são investigados por liderar atos antidemocráticos na região

DA REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Cherulli é apontado como o líder do movimento I Foto: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS
O empresário bolsonarista Pedro Ferreira Cherulli, suspeito de liderar o movimento que promoveu bloqueios na BR-050, em Uberlândia, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quinta (15). Um mandado de busca e apreensão foi realizado na chácara do empresário, que fica às margens da BR-050, em Uberlândia.  

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Pedro e outros três manifestantes são investigados por comandar ações de intervenção na rodovia, em atos classificados pelas autoridades como antidemocráticos, pós o resultado das Eleições, em novembro. A força-tarefa atendeu a uma solicitação do Ministério Público Federal (MPF).
 
Segundo as investigações, o grupo tinha influência sobre cerca de 60 manifestantes. De acordo com a denúncia, no dia 21 de novembro, no Km 78 da BR-050, aproximadamente 15 manifestantes, entre eles homens mascarados e encapuzados, com paus e pedras em mãos, ameaçaram pessoas no local, incluindo uma equipe de imprensa. Os eventos teriam sido combinados previamente na chácara do empresário Pedro Cherulli, que fica ao lado de um posto na BR-050.  
 
Além do mandado de busca e apreensão, o MPF também pediu à Justiça a prisão preventiva do empresário e dos três envolvidos. A decisão, assinada pelo juiz José Humberto Ferreira, foi favorável à ordem de busca e apreensão. No entanto, o magistrado indeferiu o pedido de prisão preventiva. A decisão autorizou a apreensão e quebra de sigilo de aparelhos celulares, computadores, HDs e outros dispositivos eletrônicos necessários para a condução das investigações.
 
POSICIONAMENTO

O Diário de Uberlândia entrou em contato com Pedro Cherulli e solicitou um posicionamento sobre a operação. Confira abaixo a resposta do empresário na íntegra: 

 

“Fui surpreendido às 6h30 em minha chácara com um mandado de busca e apreensão. Fui quando soube que havia uma acusação do MPF e eles pediam a prisão de possíveis lideranças capazes de movimentar uma multidão para esses atos que eles chamam antidemocráticos.

 

Sempre fui ativista desde a época da cassação da Dilma (ex-presidente), em 2014, fizemos aqui várias manifestações, então me tornei uma figura conhecida do ativismo. Por isso é até natural virem ao meu lado. Essa busca e apreensão foi muito ligada à mídia. No texto da decisão o juiz fala que eles precisavam dar materialidade aos fatos. Ao mesmo tempo que não permitiu nenhuma prisão, autorizou que fossem atrás dessa materialidade.

 

Foram educados, não houve maltrato. Perguntaram se eu tinha arma, e disse que sim, pois sou Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), sou diretor do clube de tiro. Pediram as armas, mostrei, estavam desmuniciadas e com documento.

 

Foram na minha empresa e acharam fotos antigas de ativismo para diminuição no número de vereadores e salários. Estão procurando materialidade para achar uma decisão. Pegaram três, quatro pessoas que falaram com a imprensa anteriormente. Foi mais uma intimidação geral, porque foram mais de 100 no Brasil. Fiquei sabendo por agora que, dentro desse despacho complementar, dos camaradas ‘apontados como liderança’, deve-se retirar o passaporte e suspenderam, temporariamente, dos registros das armas. Eles estão atrás disso. Querem uma cabeça”.

 
AÇÃO NACIONAL
Ainda nesta quinta (15), a Polícia Federal também cumpriu 81 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, a respeito de bloqueios em rodovias após a proclamação do resultado das Eleições Gerais de 2022.
 
As medidas foram cumpridas nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal, em face de pessoas físicas e jurídicas identificadas pelas forças federais e locais de Segurança Pública.

*Matéria atualizada às 18h25 para acréscimo de informações.

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