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20/08/2022 às 13h00min - Atualizada em 20/08/2022 às 13h00min

Preço da gasolina reduz 30% em Uberlândia

Segundo levantamento estadual, litro do combustível é encontrado a R$ 5,11 na cidade; valor praticado em julho era de R$ 7,31

IGOR MARTINS I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
A nova redução nos preços da gasolina e do diesel, anunciada pela Petrobras nos últimos dias, já começou a refletir nas bombas dos postos de combustíveis em Uberlândia. Segundo dados do Governo de Minas Gerais, o valor médio da gasolina caiu cerca de 30% em pouco mais de um mês, enquanto o diesel teve redução de 7%. O combustível com menor readequação durante o mesmo período foi o etanol, com queda de apenas 0,43%.
 
De acordo com a última atualização do aplicativo “Educação Fiscal”, ocorrida nesta sexta-feira (19), o maior preço praticado da gasolina atualmente em Uberlândia é de R$ 5,79, enquanto o menor encontrado foi de R$ 4. A média de valor praticada na cidade é de R$ 5,11. Entre 26 de junho e 2 de julho, o valor médio do combustível no município era de R$ 7,31.
 
Com relação ao etanol, os valores encontrados nos postos de combustíveis na cidade de Uberlândia variam de R$ 3,39 (menor preço) a R$ 4,09 (maior preço), uma média de aproximadamente R$ 4,53. Durante o mesmo período, entre junho e julho, o litro do álcool era comercializado a R$ 4,55.
 
O diesel segue sendo o combustível mais caro encontrado nos postos de gasolina da cidade. O maior preço praticado na cidade é de R$ 7,86 e o menor é de R$ 5,50. Em Uberlândia, o consumidor geralmente encontra o litro do produto a R$ 6,94, de acordo com o levantamento. Apesar de alto, o valor é menor do que o encontrado no último mês, quando era comercializado a R$ 7,52.




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A queda no preço da gasolina e do etanol é ainda mais acentuada na comparação com o primeiro semestre. Em março, o Diário noticiou os preços praticados nos principais postos da cidade. Na ocasião, a média do litro da gasolina atingiu R$ 7,44 em determinados estabelecimentos e o etanol era comercializado a R$ 4,99. O diesel, no entanto, tinha valores mais baixos no primeiro trimestre em comparação ao mês de julho, já que era vendido a R$ 7,04.

IMPACTO DO ICMS
A redução dos valores dos combustíveis também foi motivada pela diminuição do ICMS em Minas. Em julho, o governador Romeu Zema assinou um decreto autorizando a redução do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) relativo ao combustível.
 
O governo mineiro tomou a medida após o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionar a Lei Complementar 194, de 2022, no dia 24 de junho, zerando o imposto federal de PIS/COFINS para etanol e gasolina, e limitando a cobrança do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo, após considerar os serviços e produtos como bens essenciais e indispensáveis.
 
Com isso, os governos estaduais ficam impedidos de cobrar o imposto acima da alíquota geral do ICMS, que é aplicada nas operações e nas prestações internas não especificadas, que em Minas Gerais é de 18%.
 
EVOLUÇÃO DOS PREÇOS (VALOR MÉDIO):
Mês Gasolina Etanol Diesel
Janeiro R$ 6,79 - R$ 5,66
Março R$ 7,44 R$ 4,99 R$ 7,04
Julho R$ 7,31 R$ 4,55 R$ 7,52
Agosto R$ 5,11 R$ 4,53 R$ 6,94
 - Sem informações
Tabela produzida com base em reportagens feitas pelo Diário

 
ECONOMIA NO BOLSO
Quem precisa abastecer o carro já começou a sentir a diferença no orçamento. É o caso do publicitário Lucas Rezende. Apesar de pagar pelo combustível mais caro do momento, o diesel, o motorista de 32 anos conta que qualquer redução no preço é bem-vinda. Ele conta que nos últimos meses enchia o tanque pagando R$ 7,40 o litro. Nesta sexta, o valor encontrado foi de R$ 7,04.
 
“Eu acho bom quando tem redução. Eu rodo de carro todos os dias, então quanto mais barato o combustível, melhor é para o meu bolso. Qualquer coisa já ajuda, porque é o carro que eu uso no meu dia a dia, ajuda bastante no orçamento”, disse.
 
A uberlandense Elenice Ferreira, de 56 anos, também comemorou a redução nos preços praticados. Ela trabalha com serviços gerais e geralmente usa o carro para ir ao trabalho. Com a queda no valor, a funcionária diz que sobra mais dinheiro no final do mês e pode destinar uma quantia a outras atividades.
 
“A situação melhorou demais da conta. Fica bem melhor agora, dá para andar mais tempo. Por enquanto eu abasteço com álcool porque ando pouco, só para ir para o meu serviço mesmo. O valor reduzido foi considerável”, detalhou.
 
O empresário Atílio Cardinali, de 77 anos, também relatou que a queda nos preços de combustíveis facilitou a vida da população em geral. “Caiu bastante e isso facilita muito a vida. Para quem precisa tirar dinheiro do bolso para pagar, a situação deve ter melhorado demais da conta”, contou.
 
O trabalhador Ulisses Gonçalves atua na área de produção de sementes e utiliza frequentemente o carro. Segundo ele, apesar de a queda do etanol ter sido menor em comparação à gasolina, a diferença no orçamento é perceptível.
 
“Para a gente que trabalha com veículo, a redução ajuda bastante. Eu tenho veículo próprio e encho o tanque duas vezes por mês. Para ser sincero, nunca fiz a conta de quanto economizei, mas posso dizer que é um valor significativo”, comentou Ulisses.

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