A Petrobras anunciou nesta sexta (17) um novo aumento para os combustíveis. A partir deste sábado (18), os preços da gasolina e do diesel terão um reajuste de 5,2% e 14,2%, respectivamente. O Diário percorreu alguns postos de Uberlândia e constatou que o preço médio da gasolina comum encontrada nos estabelecimentos nesta sexta (17) permanece na faixa de R$ 7,19, enquanto a média da aditivada sai a R$ 7,54 nas bombas. Porém, com o anúncio de mais uma alta, a gasolina pode voltar a beirar a faixa dos R$ 8,00 na cidade.
No comunicado emitido nesta sexta (17), a Petrobrás informou que o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Ainda segundo a estimativa da estatal, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,81, em média, para R$ 2,96 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,15 por litro. O último ajuste do combustível havia sido no dia 11 de março.
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Para o diesel, o reajuste ocorre 39 dias depois do aumento anterior. O preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O último ajuste foi no dia 10 de maio. Durante trajeto da reportagem, o preço médio do combustível encontrado em Uberlândia foi de R$ 6,81. O etanol não teve reajuste da Petrobras, e a média de preço na cidade é de R$ 4,60.
ICMS
Na última segunda-feira (13), o Plenário do Senado aprovou o teto de 17% do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e serviços de telecomunicações e de transporte público. O objetivo do projeto (PLP 18/2022) é diminuir os preços dos combustíveis para o consumidor final e ajudar no controle da inflação. Aprovada também na Câmara, a matéria segue para sanção presidencial. No dia seguinte, foi aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/2022, que estimula a competitividade dos biocombustíveis em relação aos concorrentes fósseis. O texto mantém benefícios para fontes limpas de energia por pelo menos 20 anos. A medida agora será analisada pelos deputados.
REPERCUSSÃO
Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro fez duras críticas à Petrobras pelo novo reajuste. "O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobras em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais", postou o presidente.
Em seguida, ele citou a possibilidade de uma greve de caminhoneiros, em decorrência do preço dos combustíveis. "A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos. Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo".
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