O número de emplacamentos de motocicletas novas aumentou no ano de 2022 em Uberlândia. Entre janeiro e fevereiro, 377 veículos foram registrados na cidade, sendo 37,6% a mais do que o mesmo período contabilizado em 2021. A grande procura pelo veículo nos últimos meses está impactando, de forma positiva, algumas concessionárias da cidade que já estão atuando com lista de espera para realizar as vendas.
Os dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) apontam ainda que Uberlândia tinha 90.295 motocicletas registradas em 2021. Durante os dois primeiros meses de 2022, o número chegou a 90.750. A nível nacional, houve aumento de 14,3% no emplacamento de motocicletas e 11,7% em Minas Gerais.
De acordo com a gerente da Cardoso Motos, Talita Emanuelle Souza, o estabelecimento está com 545 clientes em espera. Na visão dela, a alta no preço dos combustíveis e as oportunidades de empregos por meio de aplicativos fez com que o número de clientes triplicasse desde o início da pandemia da covid-19.
Além do crescimento da demanda, a longa fila de clientes interessados também é impactada pela paralisação das fábricas de equipamentos que aconteceu durante a pandemia. Contudo, com a retomada econômica, a expectativa é de que a loja consiga entregar os veículos o mais rápido possível.
“Nós recebemos contatos de pessoas de outras cidades, porque as motos estão em falta no país inteiro. Existem motos que fazem 37 quilômetros por litro, então também acaba sendo uma válvula de escape para as pessoas que querem evitar o combustível caro, então são várias condições que explicam tamanha procura”, disse.
Quem também notou um grande crescimento na procura pelas motos foi o gerente da Moto & Cia, Juliomar Filho. Em entrevista ao Diário, o profissional relatou um aumento de 100% na demanda pelo veículo na loja desde o ano passado. Ele contou que, nos últimos meses, foi comum faltar motos a pronta entrega na concessionária.
Segundo Filho, as motocicletas se tornaram uma tendência nos dias atuais devido à necessidade de economia de combustível. O gerente também afirmou que muitas pessoas passaram a adquirir motos durante a pandemia da covid-19 com o objetivo de escaparem do transporte público da cidade.
“A primeira mudança de comportamento veio no início da pandemia com o medo das pessoas de pegarem o transporte coletivo por causa da doença. As pessoas estavam com medo de andar de ônibus. Além disso, com o fechamento das lojas, muitas pessoas passaram a trabalhar com entregas de aplicativo, o que é uma oportunidade de renda para muitos cidadãos”, explicou Juliomar.
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