22/01/2022 às 12h00min - Atualizada em 22/01/2022 às 12h00min
Inflação de Uberlândia fecha em 8,47% em 2021 e é a maior dos últimos seis anos
Aumento dos combustíveis e crise hídrica são responsáveis pelo crescimento, segundo economista
GABRIELE LEÃO
Aumento dos combustíveis é responsável pelo crescimento / Foto: AGÊNCIA BRASIL A inflação de 2021 em Uberlândia fechou em 8,47%, de acordo com o boletim Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU). Esse é o maior registro do município nos últimos seis anos.
Conforme os dados do Cepes/UFU, em 2016, a inflação da cidade fechou em 5,33%. Em 2017 e 2018, ela foi menor e fechou em 2,82% e 2,69%, respectivamente. Em 2019, ela voltou a subir e chegou a 3,52%. O índice seguiu aumentando em 2020, quando a inflação chegou a 5,05%.
Segundo a análise do economista Pedro Henrique Martins, do Cepes/UFU, a alta dos combustíveis e a crise hídrica são responsáveis por pelo menos 50% da variação de 2021.
Ele ainda reforçou que a alta dos preços está sendo impactada por vários fatores, entre eles as cadeias de produção, preços internacionais, taxa de câmbio mais alta e problemas ambientais.
Ainda de acordo com o economista, a expectativa é que em 2022 a inflação desacelere. “Pode ser que neste ano essa análise fique menor do que o registro do ano passado por causa da retomada da economia e preços de câmbio, mas isso não significa que os preços vão diminuir”, explicou.
DEZEMBRO
O Índice de Preços ao Consumidor de Uberlândia (IPC-CEPES) apontou uma inflação de 0,66% no mês de dezembro de 2021. Entre os grupos que apresentaram maior índice estão Alimentação, Saúde e Transportes.
Segundo o economista do Cepes/UFU, as festividades de final de ano, dificuldades de produção de alguns alimentos por causa das chuvas de verão e alta de insumos, como o petróleo, foram alguns dos responsáveis pelo aumento dos preços.
No item Alimentação, as maiores contribuições foram do grupo “Frutas” que teve inflação de 15,37% e do item “Carnes” que apresentou um aumento de 1,12%. “Os tempos de chuvas impactam diretamente na produção desses itens, tanto nos campos quanto nos pastos, além da alta demanda já esperada pelas festas de final de ano”, comentou o economista.
No grupo Saúde, o destaque é para o item “Produtos farmacêuticos” com variação de 2,16%. O economista ainda apontou que a alta pode estar diretamente ligada aos surtos de gripe registrados no último mês.
Já no grupo Transportes, a falta de peças e insumos para a produção de veículos também impactou na variação dos preços do item “Veículo próprio”, que teve crescimento de 1,25
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