O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em Uberlândia, representou uma nova denúncia à Justiça contra a ex-vereadora Pâmela Volp. Volp teve prisão preventiva decretada novamente, desta vez pelo crime de extorsão qualificada. Paula Coco, também investigada na Operação Libertas, foi presa nesta terça-feira (7) na cidade de Criciúma (SC).
Segundo o promotor Thiago Ferraz, a nova denúncia chegou através do relato de outra vítima que foi ameaçada pela ex-parlamentar. Os fatos denunciados ocorreram no dia 5 de novembro, três dias antes de a operação ser deflagrada. Na ocasião, Volp acompanhada de Paula Coco e outra pessoa não identificada se dirigiram até o bairro Dona Zulmira com barras de ferro e um revólver para ameaçar a travesti.
“As investigadas constrangeram a vítima e a ameaçaram caso ela não pagasse a diária sobre o ponto de prostituição. A vítima chegou a fugir para um matagal para se proteger”, detalhou Ferraz.
Pâmela Volp segue presa na Penitenciária Professor João Pimenta Da Veiga. Além do crime de extorsão qualificada, a ex-vereadora também responde pelos crimes de homicídio, latrocínio e moeda falsa.
Ainda de acordo com Thiago Ferraz, nesta terça-feira (7) foi cumprido o mandado de prisão preventiva em desfavor de Paula Florentino, conhecida como Paula Coco. Ela também foi denunciada na Operação Libertas por participar da associação criminosa de exploração sexual de travestis no estado de Santa Catarina.
De acordo com o promotor, Paula Coco será transferida para Uberlândia para prestar depoimento e ficará à disposição da Justiça. Ferraz informou que as investigações continuam e outras vítimas e testemunhas ainda serão ouvidas.
OPERAÇÃO LIBERTAS
A Operação Libertas foi deflagrada no dia 8 de novembro em Uberlândia. A ação apura os crimes de associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo. As investigações apontam a ex-vereadora Pâmela Volp como mandante dos crimes cometidos por um grupo criminoso.
Além dos crimes já denunciados em desfavor de Volp, ela também está sendo investigada por chefiar uma rede de prostituição de travestis na cidade de Monza, na Itália. A Justiça vai investigar se há ligações com o crime de tráfico de pessoas.
Durante a operação, ainda foram presas a filha de Pâmela Vol, Paula Volp, e Lamar Bionda, também acusadas de envolvimento no esquema de exploração de travestis em Uberlândia e outras regiões do país.