O Procon iniciou na manhã desta quinta-feira (9) uma força-tarefa para fiscalizar postos de combustíveis e identificar práticas abusivas de aumento de preço por causa da ameaça de paralisação dos caminhoneiros. As denúncias começaram a chegar no órgão desde a manhã. E em alguns estabelecimentos foi identificado aumento de R$0,40 no litro do etanol de ontem para hoje.
Na manhã desta quinta-feira (9), o preço mais alto cobrado pela gasolina na cidade foi R$6,70 e o etanol, R$4,80. Até ontem, os combustíveis podiam ser encontrados na cidade por R$6,19 e R$4,39, respectivamente. O que caracteriza aumento abusivo pois não existe justificativa para o reajuste.
Os postos onde for identificadas irregularidades serão autuados e terão 10 dias para apresentar as notas de entrada e saída do combustíveis que justifiquem o reajuste. As multas serão aplicadas de acordo com o faturamento de cada estabelecimento. A fiscalização acontece durante toda a quinta-feira e a expectativa do órgão é fiscalizar o maior número de estabelecimentos possíveis.
DESABASTECIMENTO
O Diário de Uberlândia fez um levantamento em alguns postos de combustíveis da cidade e apurou que, apesar do movimento ter aumentado significativamente desde a noite de quarta-feira (8), alguns estabelecimentos têm estoque e não correm risco, pelo menos até o momento, de ficarem sem gasolina ou etanol para o fornecimento à população. No entanto, existem também empresários que estavam aguardando o carregamento chegar e o caminhão ficou parado em bloqueios que acontecem em todo o Brasil. É o caso de Cibelle Rodovalho que é dona de uma rede de postos de combustíveis e explicou que está quase sem estoque. A empresária aguarda a liberação de uma carga que está presa no bloqueio em Itumbiara.
“Eu não sei como eu vou fazer, desde ontem aumentou muito o movimento. A esperança é que as estradas não estejam totalmente bloqueadas. Eles fecham por um tempo e depois abrem”, explicou Rodovalho.
Ainda de acordo com o superintendente do Procon, Egmar Sousa Ferraz, o órgão entrou em contato com as distribuidoras que informaram que o abastecimento aos postos continua e não há perigo que ocorra a falta de combustíveis na cidade.
Em nota, o Minaspetro informou que segue monitorando a greve dos caminhoneiros no estado e a situação ainda não impactou de forma relevante os estoques dos postos. O sindicato disse também que as operações nas bases distribuidoras, em Betim, permanecem normalizadas e até o momento a situação não preocupa.
O Minaspetro reiterou ainda a importância da população se informar por meio de órgãos oficiais e veículos de imprensa reconhecidos, além de evitar uma corrida desnecessária aos postos revendedores, pois é exatamente esta abrupta e inesperada alta na demanda que pode causar uma baixa momentânea no estoque.
O presidente do Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas (Sindtanque-MG), Irani Gomes divulgou que nesta quarta-feira (8) o movimento de distribuição de combustíveis foi reduzido a 50%. Ele explicou que a redução na distribuição vai acontecer até a próxima terça-feira (14), quando haverá uma reunião com o Governo de Minas Gerais para discutir sobre as questões das alíquotas que incidem sobre o óleo diesel e os demais combustíveis.
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