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02/06/2021 às 09h11min - Atualizada em 02/06/2021 às 09h11min

Promotor solicita inquérito para investigar agência de viagens suspeita de estelionato em Uberlândia

Ainda de acordo com representante do MP, também já foi aberto um processo administrativo pelo Procon Estadual como parte da apuração do caso

FERNANDO NATÁLIO
Segundo promotor, houve rompimento de contratos e empresa deve ser multada I Foto: Arquivo/Diário
O promotor de Justiça Fernando Martins requisitou à Polícia Civil a abertura de um inquérito para investigar a suspeita de crimes de estelionato e lavagem de dinheiro por parte de uma agência de viagens que encerrou suas atividades em Uberlândia sem aviso prévio e sem cumprimento de diversos compromissos com clientes. Em meados de abril, a Prime Viagens fechou e, desde então, ninguém ligado à empresa foi encontrado, deixando uma série de vítimas com prejuízos financeiros, já que a agência recebeu pelas vendas dos pacotes turísticos e não entregou o prometido.

Ainda de acordo com Fernando Martins, também já foi aberto um processo administrativo pelo Procon Estadual como parte da apuração do caso. Segundo o promotor, houve rompimento de contratos de viagens, podendo gerar multas. Em reportagem publicada pelo Diário no dia 22 de maio, o representante do Ministério Público também informou que haverá ainda uma ação de reparação de danos na Justiça comum.

A Prime Viagens deixou dezenas de clientes sem passagens aéreas que teriam sido contratadas e hospedagens reservadas para viagens com destino à Natal (RN). Uma dessas pessoas que denunciaram ter sido vítimas da agência é a farmacêutica Thalita Rodrigues Araújo, que iria viajar para a capital do Rio Grande do Norte com seu namorado e sua mãe, Keila Junia Rodrigues Araujo, residente em Uberlândia.

“Paguei R$ 500 de entrada em março de 2020 e dividi o restante do valor das viagens em dez prestações de R$ 448. Compramos três pacotes. Inicialmente, íamos em novembro do ano passado. Devido à pandemia, a agência informou que a viagem tinha sido transferida para março de 2021, quando precisamos alterar a data para setembro deste ano porque tivemos caso de Covid na família. No entanto, há cerca de dois meses, não conseguimos mais contato com o pessoal da agência”, explicou.

Segundo Thalita Rodrigues, ela se juntou a um grupo de vítimas da agência que vai mover uma ação judicial para tentar recuperar o investimento feito nas compras dos pacotes turísticos. “Já estou juntando a documentação para o processo. Espero poder recuperar o que pagamos”, afirmou a farmacêutica, que teve cerca de R$ 5 mil de prejuízo.
 
BOLETINS DE OCORRÊNCIA
Em reportagem veiculada no dia 22 de maio, o Diário mostrou que este grupo, formado por cerca de 40 pessoas, já havia registrado boletins de ocorrência junto à Polícia Militar (PM) e uma representação na Polícia Civil (PC) pedindo a investigação do fato.

 

O grupo também contratou um escritório de advocacia para mover a ação na Justiça. Segundo a PM, já foram registrados 11 boletins de ocorrência de estelionato e 16 boletins de ocorrência de outra natureza, totalizando 27. 

O Diário tentou contato com a agência turística Prime Viagens por meio do número telefônico informado na internet, mas as ligações não foram atendidas. A agência encontra-se fechada.


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