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29/12/2020 às 08h26min - Atualizada em 29/12/2020 às 10h46min

Prefeitura teme segunda onda da Covid-19 em janeiro

Secretário de Saúde disse ao Diário que não há como ampliar capacidade de leitos, além dos 82 destinados ao tratamento da doença

DHIEGO BORGES
Foto: Valter de Paula/Secom/PMU

O secretário Municipal de Saúde, Gladstone Rodrigues, confirmou nesta segunda-feira (28) que o Município não terá condições de ampliar a capacidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) caso haja uma segunda onda ainda mais forte da Covid-19 em Uberlândia. Em entrevista ao Diário, o responsável pela pasta demonstrou preocupação com as festas de fim de ano e disse que teme um novo surto da doença na primeira quinzena de janeiro por conta das aglomerações.

No último dia 24, o secretário fez um alerta através das redes sociais da Prefeitura de Uberlândia para que a população continue adotando os cuidados e medidas de distanciamento durante as celebrações de fim de ano. Em conversa com a reportagem do Diário, Gladstone afirmou que o Município monitora a situação da doença na cidade e que o número de casos confirmados tem crescido nas últimas semanas.

Em novembro, a Prefeitura desativou 42 leitos de UTI dedicados à Covid-19, 32 deles no Hospital Santa Catarina e 10 no Hospital Municipal. Na época, o prefeito Odelmo Leão justificou o fechamento pela baixa demanda na ocupação e disse que os leitos podem ser reabertos a qualquer momento se necessário.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado nesta segunda pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a taxa de ocupação dos 40 leitos de UTI disponíveis para tratamento da Covid-19 está em 73%.

Para o secretário Gladstone Rodrigues, só haverá necessidade de reabertura dos leitos que foram desativados caso a taxa de ocupação atinja 95%. “Estamos atendendo a demanda e os leitos desativados continuam equipados, basta acionarmos os recursos humanos existentes. Temos condições de retomar em 48 horas se houver demanda. Uma segunda onda do tamanho da primeira nós suportamos, pois conseguimos atender com os 82 leitos. Mas, se tivermos uma segunda onda, que seja 50% maior do que a primeira não teremos suporte. Se houver uma segunda onda vamos precisar de 120 leitos”, alertou Gladstone.

Além da estrutura dos leitos, de acordo com o secretário, outra dificuldade será conseguir profissionais suficientes para atender a demanda, entre médicos e enfermeiros. “Conseguimos comprar mais respiradores, por exemplo, mas faltam recursos humanos, não temos mais médicos e enfermeiros para que a gente possa ampliar essa capacidade”, disse. 

Para manter a situação sob controle, o responsável pela pasta lembra que a colaboração da população é indispensável. “O problema é que a população decretou o fim da pandemia, estamos tendo evento de 180 pessoas e já recebemos vídeos que mostram aglomerações no centro da cidade e todo mundo sem máscara. Pouca gente está disposta a colaborar com a saúde coletiva”.       
 

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