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14/12/2020 às 15h04min - Atualizada em 14/12/2020 às 15h04min

Vereadores não-eleitos se despedem da Câmara de Uberlândia

Sessão especial nesta segunda-feira (14) foi convocada devido agenda apertada da última semana

SÍLVIO AZEVEDO

A última sessão da Câmara Municipal de Uberlândia foi marcada pela despedida dos vereadores que não foram reeleitos nas eleições deste ano. Dos atuais 27 parlamentares, somente 10 seguem para os próximos quatro anos.

Um que se posicionou durante a sessão foi Wilson Pinheiro (PP), que termina seu quarto mandato após ter 1.086 votos em novembro. Segundo o parlamentar, ele vai continuar acompanhando a política e que o resultado das urnas pode ser reflexo dos processos os quais ele respondeu na Câmara.

“Vou continuar atuando politicamente, já que está no sangue. Fui vítima de injustiça na Câmara Municipal e na Justiça. Vou provar minha inocência em todas. Mas cada mandato é diferente do outro. Já fui governo, oposição. Fico tranquilo e satisfeito”.

Sobre seu futuro, Wilson afirmou que vai tirar um tempo para cuidar da saúde e que não houve conversas para assumir algum cargo no Executivo. “Não tenho conversa. Vou dar uma descansada, cuidar da minha saúde. Vou fazer uma outra cirurgia na próxima semana. Esse ano foi muito difícil, com problemas graves de saúde e acompanhar o desenvolvimento da política. Até agora não tem nada conversado, mas estou sempre disposto a contribuir para a cidade”.

Quem também esteve no Plenário foi Thiago Fernandes (PSL), que não concorreu a reeleição no Legislativo, lançando seu nome para encabeçar a chapa em uma disputa pela Prefeitura de Uberlândia, conseguindo 29.727 votos (9,17%). Ele disse reconhece que foi um mandato produtivo pelo reconhecimento do trabalho e pela quantidade de votos que recebeu em novembro.

“Nós entramos na Casa como vereador eleito com 1.907 votos e deixamos nosso mandato sendo candidato a prefeito recebendo quase 30 mil votos. Mas não só pela votação, que traduz uma aceitação popular, mas pautamos em um ritmo acelerado de trabalho, denunciando o que precisava ser denunciado, fiscalizando, tendo um mandato independente”.

Ainda de acordo com Thiago, a Câmara se destacou por aspectos positivos e negativos e afirmou que esteve presente na legislatura mais desafiadora nos 128 anos da história do poder Legislativo.

“E nós, que terminamos nosso mandato de maneira honrada, mas principalmente guardando até o fim, aquilo que é a premissa maior que é ser o guardião do Regimento Interno, da Lei Orgânica do Município (LOA) e da Constituição Federal, nós entendemos que foi um balanço extremamente positivo”.
 
REELEITOS
Dos 10 vereadores que permanecem na próxima legislatura, Antônio Carrijo (PSDB) é o mais experiente, caminhando para seu oitavo mandato, sendo o único eleito em 2016 que conseguiu a reeleição.

Em um Legislativo com tantos novatos, Carrijo acredita que essa vivência de mais de 30 anos na vida pública, sendo eleito vereador a primeira vez em 1988, pode ajudar na condução dos trabalhos.

“Encerro o sétimo mandato trabalhando por uma Uberlândia melhor, com sentimento de dever cumprido. Tenho a confiança dos eleitores não por causa de um mandato, mas de uma história. Eu passei pela Secretaria de Serviços Urbanos, Habitação, Diretor da Futel, além de diversos cargos na Câmara. Essa experiência colabora muito e estou disposto a ajudar”.

Já o presidente da Casa, Ronaldo Tannus (PL), um dos que assumiu o mandato esse ano após as cassações de vereadores devido às denúncias de desvio da verba Indenizatória apontadas na Operação Má Impressão, conseguiu ser reeleito com quantidade maciça de votos e acredita que a Câmara fechou o ano atípico com fatores bastante positivos.

“Eu não tenho passado político e tive a oportunidade de assumir um mandato e foi um ano de muito aprendizado para mim. Foi atípico por causa dessa pandemia, mas conseguimos aprovar projetos importantes. Encerramos e acredito que foi com chave de ouro com o Código de Ética, que regulamenta a atividade parlamentar”.


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