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12/12/2020 às 09h00min - Atualizada em 12/12/2020 às 09h00min

Uberlândia tem redução de 94% nos casos de dengue em 2020

Cidade teve 1.891 confirmações pela doença neste ano e nenhuma morte registrada até o momento

DHIEGO BORGES
Centro de Controle de Zoonoses intensifica trabalhos com armadilhas contra o mosquito | Foto: Araípedes Luz/Secom/PMU
Uberlândia deve fechar este ano com uma considerável redução no número de casos confirmados de dengue. De acordo com informações disponibilizadas pelo Programa de Controle da Dengue do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a cidade registra uma queda de 94% no número de casos em 2020, se comparado ao ano anterior, período em que houve um surto da doença no município. 

Segundo o coordenador do Programa de Controle da Dengue do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), José Humberto Arruda, os índices registrados em 2020 são considerados sob controle. Neste ano, foram 1.891 confirmações pela doença, sendo que até o momento nenhuma morte foi contabilizada. Das 4.548 notificações, segundo o CCZ, 2.581 foram descartadas.  

Ainda de acordo com o coordenador do CCZ, não houve neste ano notificações por zica vírus. Em relação à chikungunya, Uberlândia teve 18 notificações e apenas duas confirmações para a doença, sem nenhum registro de óbito.  

Os resultados positivos em relação à doença em 2020 deram um fôlego à cidade diante de uma pandemia. No ano passado, a cidade teve um surto da doença. Foram 34 mil notificações por dengue. Dos suspeitos, 30.686 foram confirmados e 20 pessoas morreram pela doença na cidade. Em 2019, também houve oito casos de chicungunya e 11 confirmações pelo zica vírus. 

O coordenador do CCZ, José Humberto Arruda, destaca o trabalho preventivo que, segundo ele, contribuiu para a redução da infestação na cidade. “São múltiplos fatores, desde a condição climática, o tipo de vírus que está circulando, somado as diversas ações preventivas que desenvolvemos. Uma delas é a coleta de pneus, somente neste ano já coletamos mais de 200 mil. Também realizamos o bloqueio de casos suspeitos, quando um paciente procura uma unidade de saúde, como forma de impedir que ele repasse aquela doença para outra pessoa, além das ações como o fumacê e a eliminação dos focos nas residências”, destacou. 

Arruma também comentou que, por conta da pandemia, as equipes do Centro de Controle de Zoonoses também encontraram dificuldade de acessar muitas residências, por conta do receio da população em receber os profissionais. Mas, destaca que mesmo com o cenário de pandemia, estão sendo eliminados cerca de 300 focos do mosquito por dia.  

 
“Foi mais fácil encontrar as pessoas nos imóveis, mas a permissão para entrada do servidor ficou mais difícil por conta da pandemia. Em função disso, passamos a fazer apenas a parte externa que é onde se concentram 85% dos criadores, mas até hoje percebemos esse receio da população. Então, fazemos esse alerta para a sociedade para que possamos continuar controlando a doença e evitando um novo surto”, afirmou.

ARMADILHAS
Outra ferramenta utilizada pelo Centro de Controle de Zoonoses são as ovitrampas. De acordo com o Programa de Controle da Dengue, atualmente são 1.055 armadilhas, que permitem um monitoramento mais próximo e detalhado do comportamento do Aedes aegypti. 

A armadilha é constituída por um vaso de planta preto, preenchido com água, que fica posicionado em um local e simula o ambiente perfeito para a procriação do inseto. 

Dentro do recipiente, há uma palheta de madeira que facilita que a fêmea bote os ovos. A partir disso, a equipe do Centro do Controle de Zoonoses começa a realizar a coleta do material semanalmente para a contagem dos ovos, definindo assim a população do mosquito em um raio de nove quarteirões.

A Prefeitura destaca que os moradores podem auxiliar denunciando criadouros do mosquito pelo número (34) 3213-1470 ou pelo aplicativo “Udi Sem Dengue”. Por meio do aplicativo, é possível enviar fotos, vídeos e mensagens de texto ou voz alertando as equipes responsáveis.


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