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04/12/2020 às 15h04min - Atualizada em 04/12/2020 às 15h04min

Venda de imóveis residenciais tem aumento no 3º trimestre em Uberlândia

Entre julho e setembro, 2.815 unidades foram lançadas e 2.437 vendidas; Santa Mônica foi o bairro mais procurado para lançamentos de empreendimentos

BRUNA MERLIN
Brasal Incorporações lançou empreendimento vertical e já atingiu meta de vendas antes do fim do ano | Foto: Divulgação
O terceiro trimestre de 2020 registrou expressivo aumento no número de lançamentos e vendas de imóveis residenciais em Uberlândia. O levantamento feito pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Sinduscon-TAP) aponta que, entre julho e setembro, 2.815 unidades, sendo casas e apartamentos, foram lançadas, e 2.437 comercializadas.
 
Em comparação com o mesmo período do ano passado, a quantidade de vendas imobiliárias cresceu mais de 79% em 2020. Ainda de acordo com a pesquisa, o terceiro semestre deste ano também se sobressaiu em relação aos anteriores. Veja na tabela abaixo.
 
Unidades lançadas (apartamentos e casas) 1º trimestre 2020 2º trimestre 2020 3º trimestre 2020
  356 371 2.815
Unidades vendidas (apartamentos e casas) 1º trimestre 2020 2º trimestre 2020 3º trimestre 2020
  1.488 1.248 2.437
 
O levantamento do Sinduscon-TAP mostra ainda que o bairro Santa Mônica é o mais escolhido pelas construtoras para investir em empreendimentos residenciais. No 3º trimestre, 15 empreendimentos foram lançados na região. Os bairros Tubalina (10) e Centro (5) aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente, na lista dos lugares com maior número de lançamentos de imóveis.
 
Os empreendimentos verticais são os mais procurados pela população. De julho a setembro, foram lançadas 1.698 unidades, sendo que 1.557 já foram vendidas. Em relação ao número de imóveis horizontais, 1.117 foram lançados e 880 foram vendidos.
 
Os imóveis com dois dormitórios foram os mais vendidos no município no período. Esse tipo de empreendimento representa mais de 80% tanto na quantidade de lançamentos, quanto no número de vendas.
 
Superando as expectativas
Devido à crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus, as construtoras e empresas de empreendimentos tiveram baixas expectativas em relação ao número de vendas de imóveis. Entretanto, o que elas não esperavam é que o cenário da Covid-19 fosse mudar o comportamento dos clientes e trazer novas possibilidades de investimentos.
 
A Brasal Incorporações em Uberlândia, por exemplo, lançou um condomínio vertical na zona sul em setembro. Segundo o gerente comercial Gustavo Cavalcante, a intenção era vender pelo menos 30% dos 30 apartamentos disponibilizados até o fim de dezembro, mas a meta já foi superada antes mesmo do último mês do ano começar.
 
“Fomos surpreendidos porque não imaginávamos que as vendas seriam um sucesso. A pandemia trouxe essa insegurança para a população, mas ela também trouxe uma mudança de planos e comportamento dos cidadãos”, explicou.
 
Gustavo acredita que muitas pessoas estão investindo em imóveis melhores e que ofertam um espaço maior. Essa procura está relacionada ao fato de que vários trabalhadores estão de home office e querem melhores condições para trabalhar na própria casa.
 
“Foi uma mudança repentina na vida de várias pessoas. Agora, muita delas querem investir em um imóvel maior que traga conforto e que ofereça a oportunidade de mesclar o trabalho com o lar”, complementou.
 
LOTEAMENTOS
Loteamentos no bairro planejado Praça Alto Umuarama também tiveram alta procura | Foto: Divulgação


Não foram somente os imóveis que tiveram um aumento de vendas nos últimos meses. Os loteamentos também registraram uma alta procura por parte da população de Uberlândia, conforme aponta a responsável pelo marketing da JRN Empreendimentos, Jamile Golfetto.
 
A JRN é responsável pelos loteamentos localizados no novo bairro planejado da cidade, o Praça Alto Umuarama. Em outubro deste ano, 88 lotes foram disponibilizados no local. Em duas horas, foram vendidos 81% dos terrenos e, em 24 horas, a empresa atingiu 100% das vendas.
 
“Esses lotes são da segunda etapa de vendas e eles foram desenhados de acordo com o cenário atual da pandemia. São loteamentos que atuam em duas frentes, tanto residencial quanto comercial, porque as pessoas estão procurando espaços para morar e trabalhar”, destacou.
 
Jamile explicou ainda que os baixos juros de financiamentos bancários são atrativos para as pessoas que estão procurando investir em um imóvel próprio ou terreno. No começo deste ano, a Taxa Selic, que representa os ajustes médios de financiamentos, estava a 4,25%, e com a chegada da pandemia ficou em torno de 3%. A previsão é que o percentual continue na mesma faixa até o fim de dezembro. Com isso, os financiamentos imobiliários se tornam uma dívida mais barata a longo prazo.
 
“A queda dos juros se tornou um bom negócio para aqueles que querem investir em um novo lar e também para as pessoas que querem investir para poder alugar ou vender novamente. O cenário se tornou muito favorável para todos os objetivos”, finalizou Jamile Golfetto.


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