Foram 15 anos em busca da casa própria, até que a cuidadora de idosos Sonia Regina Ilário Scorpion, de 57 anos, finalmente conseguiu realizar o grande sonho. E sabe aquele ditado que diz que nada cai do céu? Surpreendentemente, no caso de dona Sônia, a chave do primeiro apartamento veio literalmente de lá.
A paranaense, que mora em Uberlândia há quatro anos, foi umas primeiras pessoas a viver a experiência de uma entrega virtual de chaves com o uso de drones. A ação foi idealizada pela construtora AP Ponto, que resolveu substituir a entrega presencial pelo novo formato, considerando as condições de distanciamento impostas pela pandemia.
O gerente regional, Wesley Gonçalves, explica que a proposta da iniciativa foi usar a tecnologia para garantir a entrega em tempos de isolamento social. “Nosso objetivo era transformar a experiência do consumidor com tecnologia e inovação, mantendo o mesmo significado das tradicionais entregas presenciais”, afirma.
Para a dona Sônia, a experiência teve um sentimento especial. “O sonho do meu pai Daniel José Hilario era que eu tivesse um lugar para morar. Sempre sonhei em ter meu espaço e foi como se estivesse recebendo a chave das mãos dele, vindo do céu”, destaca a cuidadora de idosos.
Ações como essa têm sido recorrentes e motivo de bastante procura na Via Drones, empresa especializada em imagens aéreas. O proprietário, Paulo Henrique, afirma que a busca pelos serviços na pandemia cresceu 40% e os serviços de entrega aérea também têm sido requisitados.
Além de construtoras, a empresa também tem recebido solicitações diversas. “Já realizamos esse serviço de entrega há algum tempo e com a pandemia se intensificou. Fizemos alguns trabalhos específicos como em datas comemorativas, por exemplo, como Dia dos Namorados e Dia das Mães, com entregas de flores e outros presentes. Muitas empresas também procuram para fazer delivery, como farmácias e supermercados”.
O proprietário explica que, antes de levantar voo, é necessário ter autorização junto ao Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea) e que há uma limitação de peso das mercadorias, que não podem ultrapassar 900 gramas.
Além do “delivery aéreo”, também há pedidos inusitados. “Certa vez, uma esposa nos contratou para seguir o carro do marido, mas no fim ele só estava comprando um carro para a esposa”, conta Paulo Henrique.
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