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13/07/2020 às 15h49min - Atualizada em 13/07/2020 às 15h49min

Uberlândia terá primeiro centro de tratamento de animais do Triângulo Mineiro

Espaço ficará em terreno doado pela Prefeitura na Fazenda Buriti e recuperará animais silvestres

SÍLVIO AZEVEDO
Centro mais próximo na região é o de Patos de Minas | Fotos: Rafael Ferraz/Cetras Patos de Minas

Na última semana, a Câmara Municipal de Uberlândia aprovou a doação de um terreno do Município para que o Instituto Estadual de Florestas (IEF) construa um Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (CETRAS). O centro ficará em uma área de 22,796 mil m² localizado na Fazenda Buriti, área rural da cidade.

Esse será o quinto centro do estado, sendo o primeiro na região do Triângulo Mineiro. O mais próximo fica em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. Por isso, para a analista ambiental do IEF, Juliana Macedo Magnino, essa conquista será muito importante para a recuperação dos animais silvestres.

“Ele será um local de referência, de recebimento e triagem de animais silvestres, apreendidos, recolhidos (atropelados, filhotes etc) e entrega para voluntária de animais. É uma estrutura hospitalar para dar assistência e avaliação. É um empreendimento dos sonhos. Estamos pleiteando há muito tempo”.

A conquista do espaço para a construção veio após pedido para que a Prefeitura de Uberlândia ajudasse a consolidar o projeto, com a doação de uma área. “A gente vai trabalhar com animais silvestres, então terá um acesso fácil tanto para a polícia ambiental, quanto para a população, através da BR-050, sentido Araguari”, explicou a analista ambiental.

O custo da construção ainda não foi estimado. O IEF tem um termo de referência do custo dos outros Cetras e com os ministérios públicos Federal e Estadual, por meio de Termos de Ajustes de Condutas (TACs), boa parte do eventual orçamento.

Além da distância dos outros centros, o Triângulo Mineiro é uma rota de tráfico de animais e, segundo a analista, Uberlândia precisa muito da construção do Cetras. “Aqui na nossa região especifica, tem uma demanda muito forte psitacídeos (araras, periquitos). Ela já está uma demanda crescente no Brasil todo, mas a nossa estrutura será para receber muito bem essas aves e teremos estrutura para todos os outros animais”.

Além das aves, o projeto do Cetras contemplará recintos para mamíferos, répteis, salas específicas para a criação de filhotes e quarentena separadas para os animais. “O terreno é maior. Tem possibilidade para expansão. Se a capacidade de suporte que estimamos não der certo, teremos espaço para construir mais viveiros. Tendo apoio do MP fica mais fácil da gente viabilizar”.

“A gente tem que passar o quanto esses animais estão sofrendo, principalmente com a perda de espaço. O que está acontecendo, A gente tem cada dia mais uma demanda maior. Como está tendo uma perda de habitats muito grande tem a tendência de que os animais estão procurando espaço na cidade, aumentando o conflito. Com isso a gente precisa de um local para dar assistência quando precisarem”, concluiu Juliana.

O estágio do projeto ainda é inicial porque a doação do terreno acabou de ser feita. A próxima fase será a elaboração de orçamentos para a construção do local. A expectativa para funcionamento é até o final de 2022.

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