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15/06/2020 às 11h09min - Atualizada em 15/06/2020 às 11h09min

Uberlandense recebe alta depois de mais de 1 ano internada em São Paulo

Paciente de 45 anos tratava leucemia no IBCC Oncologia e sofreu complicações no quadro após transplante de medula

DA REDAÇÃO
Volta para a casa da paciente Roberta Tardelli foi comemorada com festa pela equipe do IBCC Oncologia | Foto: IBCC/Divulgação
A uberlandense Roberta Tardelli, de 45 anos, recebeu alta do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC Oncologia), em São Paulo, no último dia 9 de junho após mais de 365 dias seguidos de internação para tratamento de uma leucemia mieloide aguda.
 
O diagnóstico foi dado em setembro de 2017 e o tratamento proposto para a paciente mineira foi um transplante de medula óssea, que teve como doador o filho de Roberta. A notícia de que o filho seria o doador foi um verdadeiro presente de Dia das Mães já que o transplante aconteceu, em 11 maio de 2018, dois dias antes da comemoração da data. 

“Quando vim para a primeira consulta no IBCC Oncologia em abril com o Dr. Roberto Luiz da Silva (coordenador da Unidade de Transplante de Medula Óssea do IBCC Oncologia), me apaixonei por este lugar, me senti segura, com muita convicção que ficar aqui seria a escolha certa", relatou.
 
Segundo as informações divulgadas pelo IBCC, ela enfrentou algumas complicações pós-transplante. Teve três paradas cardíacas sequenciais, que resultaram em 15 dias de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 35 dias no quarto. Teve alta após esse período, mas depois foi identificada uma alteração nos exames e precisou ser internada novamente. 
 
No dia 28 de dezembro de 2018 Roberta recebeu a notícia da recidiva da leucemia, foi quando começou o processo de quimioterapia. Após a última sessão, sentiu-se mal e foi internada novamente. "A medula do Felipe (filho) que tinha chegado a 92% de "pega", com a quimioterapia caiu para 14%, foi um dia muito difícil quando eu vi o resultado", desabafou.
 
No final de janeiro de 2019, com a doença estabilizada, mais uma notícia difícil: o diagnóstico de uma GHVD (Graft-versus-host disease) ou em português DECH (Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro), condição que acontece quando as células da medula óssea do doador atacam o receptor.
 
De acordo com o médico, mais de 40% dos transplantados de medula óssea podem desenvolver essa doença. "É um período, quando interfere de forma significativa no cotidiano do paciente que precisará de cuidados especiais em ambulatório", destacou Roberto.
 
Em meados de março de 2019, Roberta começou a ter confusão mental e voltou a internar novamente na UTI. Os médicos então pediram para a família se manter mais presente devido à pouca expectativa de bons prognósticos.

 
"Não me lembro de nada, mas acredito muito no poder da oração, nunca me senti só. O único motivo que vejo para minha recuperação é a fé que tenho em Deus, o amor a meu esposo e filhos", conta emocionada.

Após esse momento de UTI a paciente perdeu os movimentos, mas no segundo semestre iniciou a reabilitação, época em que comemorava mais um ano de vida. 

O progresso no tratamento foi lento, como disse a paciente "foi um trabalho de formiguinha", que a trouxe até o dia da alta. O retorno de Roberta para a casa foi comemorado com uma confraternização por toda a equipe do IBCC Oncologia que pôde acompanhá-la durante o período de internações. 

"Quando eu olho para trás e vejo que eu não tinha os movimentos e depois já estava mexendo as mãos e andando de andador foi uma vitória, pouco a pouco tudo foi melhorando", concluiu a paciente. 



 





 
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