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23/03/2020 às 11h31min - Atualizada em 23/03/2020 às 12h34min

Princípio de motim é controlado no Presídio Jacy de Assis em Uberlândia

Presos se revoltaram com transferência de detentos de Tupaciguara; grupo de intervenção utilizou gás lacrimogênio e granadas de luz para conter rebelião

DA REDAÇÃO
Detentos tentaram barricar celas com pedras, colchões e cobertores | Foto: Reprodução

Um princípio de motim foi registrado na tarde de sábado (21), no Presídio Jacy de Assis, em Uberlândia. A ocorrência começou por volta de 13h50, quando os detentos de quatro pavilhões começaram a bater nas grades das celas. A motivação do tumulto, segundo informações do boletim de ocorrência, foi a transferência de presos vindos de Tupaciguara e que se encontravam em três diferentes celas de um mesmo pavilhão. Os presos afirmaram que eles não seriam aceitos por outros presidiários no mesmo espaço.

A Coordenadoria de Segurança do presídio afirmou aos detentos que os novos presos permaneceriam naquele pavilhão até determinado momento e que, posteriormente, seriam novamente transferidos para um pavilhão separado. Mesmo com as informações, os prisioneiros continuaram batendo nas grades, iniciando um motim generalizado.

O Grupo de Intervenção Rápida (GIR) do presídio foi acionado e conseguiu restabelecer a ordem no pavilhão 1. No mesmo pavilhão, foi identificado que três celas se encontravam com uma espécie de barricada feita pelos detentos, contendo colchões, cobertores e pedaços de concreto. Um dos integrantes do GIR foi alvejado por estilhaços de pedras de concreto no peito, arremessadas pelos presos. Os oficiais dispararam munições químicas de lacrimogênio três vezes dentro da cela.

A ação não surtiu efeito e os detentos continuaram depredando o presídio e tentaram acertar mais vezes os integrantes do GIR. Pouco depois, iniciaram trabalhos de verbalização e conseguiram restabelecer a ordem dentro da cela. Todos os presos foram algemados e retirados do pavilhão.

Ao retirar os detentos, contatou-se que dois envolvidos estavam com ferimentos e escoriações. Duas celas foram isoladas, devido ao alto nível de depredação da cela, o que podia comprometer a estrutura do local. Algumas celas precisaram ser remanejadas dentro do presídio.

Mesmo com todas as ações do GIR, dois pavilhões continuaram batendo nas grades. Os agentes foram até o local e usaram granadas de luz e som para conter a confusão, o que foi prontamente atendido pelos detentos.

NOTA
O Diário questionou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) sobre o ocorrido e as medidas adotadas pela administração prisional. Em nota enviada na tarde deste domingo (22), a assessoria esclareceu que alguns presos promoveram uma ação de subversão à ordem em celas da unidade. "Não houve situação de risco, motim ou qualquer outra classificação desse tipo porque todos permaneceram dentro das celas. Os danos ao patrimônio estão sendo contabilizados", informou.

Ainda segundo a Sejusp, os detentos responderão pelo crime de dano ao patrimônio. A Secretaria não informou sobre a situação dos feridos.

















 


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