Parlamentar é investigada em esquema de desvio de verba indenizatória da Câmara Municipal | Foto: Diário de Uberlândia/Reprodução
A vereadora Pâmela Volp (PP) foi levada, na tarde desta quarta-feira (18), para a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do bairro Tibery após passar mal na sede do Ministério Público Estadual (MPE) em Uberlândia. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
Pâmela, que está sob custódia do Presídio Professor Jacy de Assis desde a última segunda-feira (16) após ser presa na operação Má Impressão, foi ao MPE nesta manhã para prestar depoimento sobre o suposto envolvimento no esquema de corrupção que envolve desvio de recursos da verba indenizatória da Câmara Municipal. A oitiva da vereadora estava prevista para acontecer durante a tarde.
Volp foi encaminhada à unidade de saúde pelos agentes penitenciários. Ela está recebendo atendimento médico sob escolta do sistema prisional. O estado de saúde e informações do que pode ter causado o mal-estar na vereadora não foram divulgadas.
MÁ IMPRESSÃO Além de Pâmela, outros 19 vereadores e o suplente Marcelo Cunha foram presos na segunda-feira (16) durante as operações deflagradas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A ação tem como objetivo apurar fraudes na emissão de notas fiscais por parte de empresas da cidade que prestaram serviços gráficos a parlamentares da atual legislatura, com o intuito de receber indevidamente o reembolso da verba de gabinete. Foram cumpridos 41 mandados de prisão e 41 de busca e apreensão.
Depoimentos aos promotores estão sendo prestados desde segunda. No mesmo dia, Flavia Carvalho renunciou ao cargo de vereadora depois de fazer um acordo de não-persecução penal com o MPE.
Nesta quarta-feira (18), proprietários das gráficas denunciadas também prestaram esclarecimentos e entregaram pelo menos 10 vereadores que contrataram os serviços mediante emissão de notas com valores superfaturados. Algumas empresas já celebraram acordos com o Ministério Público e terão que ressarcir os cofres públicos e pagar multas. Valores já ultrapassam o montante de R$ 1,2 milhão.