Além dela, vão responder pelo crime Elias de Paula Morais, Hanner Wallisson Machado e Samuel Matos de Sousa. O advogado que representa os três indiciados, Rodrigo Ribeiro, informou que vai aguardar o parecer do Ministério Público Estadual (MPE) para se posicionar referente à defesa dos clientes.
Já o advogado Alexandre Gonçalves, que representa Maiza, disse que entrou com pedido de liberdade para revogação da prisão preventiva alegando primariedade, já que a mulher não tem antecedentes criminais, entre outros requisitos. O pedido aguarda julgamento. Gonçalves disse ainda que a cliente nega qualquer envolvimento nos fatos.
Segundo as informações repassadas pela Polícia Civil, o inquérito policial foi concluído e remetido ao Fórum de Uberlândia ainda na tarde desta sexta-feira (13) com cópia à Vara da Infância e Juventude em virtude do envolvimento de um adolescente de 17 anos no crime.
Os quatro adultos foram indiciados pelo crime de homicídio duplamente qualificado mediante pagamento e por ter sido praticado sob traição ou emboscada que impossibilitou a defesa da vítima.
RELEMBRE O CASO O assassinato foi registrado na manhã do dia 3 de setembro quando um motorista da empresa de transportes da vítima encontrou o corpo do proprietário com três perfurações de bala no tórax. O cadáver estava nu em cima de uma cama e ensanguentado.
A equipe da perícia técnica da Polícia Civil constatou que o crime ocorreu por volta das 22h de segunda (2) e que as portas da empresa haviam sido arrombadas com chutes. Segundo familiares, a vítima costumava dormir no imóvel. Maiza chegou a informar aos policiais que havia sumido a quantia de R$ 300 da carteira do pai.
Durante rastreamentos da PM e integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foram detidos os cinco suspeitos de participação no crime. Maiza foi presa no velório do pai e os demais na região do Distrito Industrial, onde ocorreu o crime.
Elias e um menor foram apontados como os executores do homicídio, Samuel teria emprestado a arma e Hanner intermediou o crime junto aos executores a mando de Maiza.
Na época das prisões o promotor de Justiça e coordenador do Gaeco, Daniel Martinez, disse que a motivação do crime estaria ligada a uma disputa patrimonial entre o pai e os filhos.
Polícia encontrou parte do dinheiro pago pela execução | Foto: PM/Divulgação
Além disso, um roubo havia sido registrado na empresa de transportes de Lourival, no último dia 25 de agosto, em tese arquitetado por Hanner a partir de informações repassadas por Maiza. Na ocasião, foram roubados cerca de R$ 30 mil e parte do valor seria destinada como pagamento do homicídio do idoso.
Segundo a Polícia Civil, o outro filho do empresário chegou a ser ouvido, mas não houve comprovação da participação dele no crime. Já Maiza teria mandado matar o pai para ficar com a herança.
O Diário procurou o delegado de Homicídios Eduardo Leal, para mais detalhes sobre as investigações, mas as ligações não foram atendidas.